Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sexta-feira, 29 de junho de 2012

29 de Junho de 2012...

Um olhar tão inigmático quanto o meu...
A sinceridade inoportuna da qual nunca nos conseguiremos desligar...
Os olhos atentos a qualquer movimento que tem que ter uma explicação própria,
e não a convencionada por quem quer que seja ...
Um coração enorme e lindo,
escondido para lá de uma face que interpretava mais,
mas muito mais,
do que se manifestava no momento da "magia observativa"...
Os gestos que não enganavam,
de uma foto para uma circunstância precisa,
mesmo até que apagada da luz que iluminava "os dias brilhantes"...
Naquele dia foi pior,
muito pior...
Mais uma vez cumpriste com a tua palavra,
com as tuas precepções,
com as tuas razões,
com as tuas promessas,
mesmo até aquelas que eu nem queria ouvir falar...
Estavas hirta,fria e distante...
À minha presença por uma primeira vez estives-te insensível,
foste incapaz de um pequeno sinal que fosse,
de um olhar que me confortasse a alma
e me pudesse devolver a esperança desde a última vez...
Afaguei algumas lágrimas que me deixas-te de recordação,
beijei-te a face dura e estranha,
num vazio que eu não queria entender
e que ainda hoje não consigo aceitar...
Já lá não estavas,
já lá não moravas,
já por lá não vivias para aconchegar as minhas queixas,
os meus dissabores ou emoções escondidas,
ás quais sorrias ou choravas

pelo amor com que nunca me faltas-te...
Feliz aniversário minha mãe,
junto do pai que tanto te procurou depois,
e que espero agora esteja junto de ti

como tu sempre quises-te...
Minha Mãe...

minha Mãe...

"nossa" Mãe...



Custódio Cruz