Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sexta-feira, 1 de março de 2013

Esta época ainda não vi a Naval perder...

Fui ver o meu 3º Jogo da Naval na Época 2012/2013

Naval /  Benfica B 3-1
Naval / Tondela 2-1
Naval / Leixões 0-0

Continuo sem derrotas....

Desencantado com o futebol,revoltado com a vida,decepcionado com o "bicho" homem,entreguei-me ainda assim à sobrevivência dos meus princípios,das minhas causas,das minhas paixões,tentando fazer a minha parte mesmo que a grande parte dos outros não a entenda,não seja sensível à minha tremenda teimosia em ser eu,apenas eu,e mais ninguém...
Mas não escondo,que nunca por nunca me desliguei totalmente das ilusões que me deixaram pobre,que me deixaram quase quase com uma mão à frente e outra atrás,mas que me proporcionaram amigos,muitos amigos que ainda hoje tenho como certos, e que sempre presentes cintilam espontâneamente e surgem do nada,mas de forma suficiente para me darem a força que preciso para voltar a ser aquele que um dia se dedicou a tudo o que os pudesse fazer feliz...
Tenho a minha consciência tranquila,e durmo lindamente...
Ver apenas 3 jogos da Naval numa época é pouco na soma,mas muito no significado motivacional,ao primeiro fui de livre vontade,ao segundo fui " picado"  por um amigo da "Sequadra Verde",e ao terceiro motivado por uma "alma navalista"...
Num jogo sofrido frente aos "lampiões",vi uma face muito promissória de um grupo que naquele jogo fez uma partida quase perfeita,mas em desacordo com a insegurança e irregularidade competitiva até ao dado momento.
Pelo meio,uma "chicotada psicológica",a queda no fundo da tabela,o desespero de um grupo de trabalho que parecia cair num abismo sem fim,o abandono de"pedras basilares" da equipa e por dificuldades de tesouraria...
A crise do mundo bate a uma porta onde não se acutelaram estruturas,filosofias estáveis e capazes de amortecer uma queda que por agora se vai disfarçando,mas não mais do que isso...
Adiante...
Com o Tondela revi a garra do Álvaro Magalhães,dentro e fora do campo,percebi como ele ainda que lidando com um plantel quase em saldo o potencia o melhor que pode e sabe,e diga-se em abono da verdade que o faz com competência e uma alma fora do comum...
A Naval venceu,sofreu por correções que  têm que ser revistas,agora percebi porque em 5 ou 6 jogos com os verde e brancos a vencer(portanto em vantagem),se deixou dar a volta ao texto e amealhar derrotas ou empates impensáveis,o futebol hoje é a antevisão que eu tinha há vinte anos atrás,e a quem se concede muito espaço para contra-ofensivas,não pode perder o jogo nunca mais...
Não basta posicionalmente "calcar os terrenos certos" a defender(quando em vantagem no marcador),precisa-se estreitar atrevimentos aos adversários,pressionando o homem da bola e" colando a pressão"  de forma gradual e proporcionalmente ás "zonas próximas dessa mesma bola",dar espaço de circulação é deixar pensar o jogo,acreditar que o "chuveirinho" não resulta é um jogo de lotaria dispensável,abdicar do sonho de matar o jogo as vezes que forem precisas é não ser ambicioso,é ser manietado por um pragmatismo frio, e sem espaço a proezas concludentes...
Foi por isto que a Naval não tem mais uns pontinhos no saco,mas caramba,não se pode esquecer que estamos a falar de seres humanos,com famílias,com despesas,e também no meio da crise que nos quer afogar a quase todos,e lidar com mentes preocupadas com os seus salários,e por isso em perfeita instabilidade emocional,não é fácil,e mais do que isso, um desafio que só os bons conseguem gerir e tirar resultados que façam sorrir quem os conquista e quem os apoia...
Por tudo isto e muito mais que teria para dizer,faço enorme vénia ao grupo de trabalho,com destaque   para os jogadores e respectiva equipa técnica,e a todos aqueles que conseguem apesar de tudo apoiar estes profissionais de palmatória...
Por mim ainda não os vi perder,e as poucas vezes que os vi jogar constatei a dignidade e o respeito por uma camisola que tem muita história para contar,feita de um orgulho que carrega a luz e a cor do 4º clube mais antigo de Portugal.
Por lá até já vejo um "Drogba" na defesa,um "Rui Barros" no ataque...e de certo muito mais por descobrir,assim eu fosse mais assíduo,e a minha paixão aquecesse como outrora...
Estou a tentar,e a ser tentado pelos amigos verdadeiros...
Vamos ver...