Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 5 de março de 2013

Mercado da Figueira...com "quedas" anunciadas?

Ao que me parece,as obras no Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz  vão decorrendo com uma surpreendente normalidade,e até meritório ritmo,tudo levando a querer que os prazos vão mesmo ser cumpridos,e os responsáveis em geral poderão estar de parabéns pelo facto inédito de num País que se tem revelado um autêntico atraso de vida em matéria de concretização de planos,veja neste exemplo uma perfeita excepção,e quiçá até "quase" enigma com direito a estudo cientifico...
Com muitos concessionários a já ficarem naturalmente "pelo caminho",não regressando ao espaço histórico e tradicional da nossa terra,algumas dúvidas se levantam relativamente aos produtores,ou seja, a uma das almas mais marcantes de um qualquer Mercado Tradicional.
Quanto "aos donos do mercado",esses até já tiveram "direito a capacete",conseguindo assim "O"pinar in louco"nas suas vidas e dos vizinhos,escolhendo a forma ou formas mais cómodas de chegarem aos seus anseios profissionais...
Quanto a mim,que já me chamaram Presidente,Pai,e mais não sei quantos nomes(coisa que já me habituei há muito),vou espreitando cá de fora,achando que vou "ser premiado" no meu módulo com "correntes de ar de cortar à faca",por ter mau feitio,fazer "muito barulho",e pior do que isso...ser muito mentiroso...
Adiante...
Mas o que hoje me trás aqui,é uma dúvida com que lidei há pouco,pois estava eu a beber um cafézinho na dona Júlia,e claro aproveitando para espreitar para dentro do Mercado,olhei para cima,e dou-me com aqueles tipos pendurados na estrutura de ferro,com as plantas do espaço nas mãos,dialogando uns com os outros, e gesticulando ainda sinais para pontos específicos da "Sala de Visitas da Figueira da Foz".
Não resisti,bati no vidro da porta,ainda que a Dª Julia tivesse estremecido um pouco,e perguntei a um dos empregados da S.José Construções,o que é que aqueles tipos estavam a fazer lá no alto...
Respondeu-me um prontamente,que estavam a estudar os locais onde vão instalar os seus cafés...
Fiquei estupefacto,e comecei a contá-los,vi que eram onze(11)...
Onze "Cafés" no novo espaço?
Perguntei a mim mesmo...
Isto é que está aqui uma açorda, reforçava eu de forma interiorizada e procurando perceber porque o planeamento comercial que se exigiria neste novo capítulo da história do Mercado da Figueira, não iria desde já ser acautelado...
Virei-me para a Dª Júlia e disse-lhe prontamente:
Então tantos cafés Dª Júlia?
Só se forem para "se queimarem" uns aos outros...
E ela respondeu-me:
Eu bem disse ao meu João para não ir lá para cima,mas ele é teimoso...
Ó senhor Custódio,ele já tem a vida controlada,eu já não tenho idade para estar aqui muito mais tempo,que raio de ideia ele teve,e preocupada desabafou :
Ainda me cai é dali a baixo...
De repente batem no vidro...mas desta feita para me avisar que afinal já não eram onze(11),mas sim dez(10),pois que um já tinha desistido,e que era aquele que está na ponta de cá,e que agora esperava a tempo de ser resgatado,precavendo-se de alguma queda no destino...
Paguei o café,e fui a falar sozinho para casa,mas afinal dizia-se que "choviam" propostas de natureza deversificada em termos comercias e vão permitir 10 cafés no Mercado da Figueira ?
Afinal qual é a ideia de tudo isto?
Olhem...sabem o que vos digo eu agora a vocês que vieram aqui voar nas asas do tempo?
O processo do Mercado é um livro com capítulos por demais emocionantes,mas acreditem,que apenas e brevemente se irá fechar mais um,pois de resto acreditem também que o seu epílogo ainda está muito longe do final.
Ai está,está...
Desculpem lá o meu espírito de desconfiança,pois tenho que reconhecer que sou pretensioso,e que para além do mais desde pequenino tive a mania que ando lá na frente...
Enfim...feitios...já o tenho dito...