Escrito por José Santos ( Diário de Coimbra ) FIGUEIRA DA FOZ Balbúrdia no Mercado Municipal com a ASAE a fiscalizar balanças... Pouco depois das 11h00 da manhã de ontem uma brigada da ASAE tentou fiscalizar a aferição das balanças nas várias bancas, o que levou o presidente da Associação dos Vendedores do Mercado Municipal Eng. Silva a intervir e a solicitar a identificação dos respectivos agentes, que se terão recusado por não reconhecerem legitimidade ao presidente da Associação.Este desentendimento de procedimentos levou à intervenção da PSP para esclarecimento da situação, que envolveu também o responsável do mercado. Após uma breve reunião, foi comunicado aos vendedores que teriam oito dias para regularizar a aferição das balanças.Pelo que soubemos, durante décadas, a autarquia tinha um aferidor municipal que se encarregava dessas funções anualmente, pagando os vendedores as respectivas taxas por esse serviço, mas nunca se preocuparam em serem eles a solicitarem a prestação de tais serviços.Custódio Cruz, presidente da associação do Mercado, já tinha ventilado o assunto com os vendedores e explicou ao nosso jornal «que a aferição já não era feita há ano e meio», mas que a culpa não era dos vendedores. «Se o aferidor municipal deixou de fazer esse serviço deviam ter informado os vendedores dos procedimentos a seguir», referiu.Mas ultrapassado o problema e como tinha sido dado um prazo de oito dias para resolverem o assunto da aferição, a confusão foi maior quando ontem por volta das 15h00, uma brigada com 6/7 homens entrou mercado adentro e começou a verificar a documentação das balanças e a ver se a certificação estava no prazo legal. Nas situações onde verificaram incumprimentos levantaram os respectivos inquéritos, o que criou uma revolta maior, porque lhes deram um prazo de oito dias. Sentem-se injustiçados e revoltados e dizem mesmo que «isto foi uma vingança ou represália pelo que se passou na parte da manhã».No local estava também o aferidor municipal, mas recusou-se a prestar qualquer explicação sobre a falta de aferição.Para a directora da ASAE/ Coimbra, Margarida Basto, «foi uma fiscalização no âmbito das suas funções, fazemos os respectivos inquéritos, e depois uma comissão apreciará o assunto, dando sempre oportunidade das pessoas apresentarem a sua defesa» explicou ao nosso Jornal, dizendo ainda que «não é a ASAE que aplica qualquer coima». Por outro lado lembrou «que os comerciantes têm que anualmente aferir as suas balanças e que há várias entidades certificadas para esse efeito».A Associação dos Vendedores do Mercado vai aguardar os inquéritos, mas segundo Custódio Cruz, vão «ponderar e reunir com juristas para se necessário apresentar uma queixa» disse.
Este acontecimento quase teve direito a televisão e tudo...não tivessemos "nós" um "vidente" lá no Mercado...