Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Não se iludam com as minhas expressões...

No dia em que me silenciarem a voz,
não me apagarão os gestos...
no dia em que me aniquilarem os gestos...
nunca farão esquecer os meus sentimentos..."


Custódio Cruz

Desde muito jovem foi assim,ao fecho de uma porta,entrava por uma janela,ao encerramento da janela,saltava para o telhado,e à queda do telhado,imaginava e concretizava antecipadamente umas asas de um novo sonho,e de uma nova estratégia...
Sem nunca desistir,tenho corrido sempre atrás das minhas convicções e dos meus anseios,e garanto que nunca os abandonarei.
Passei durante estas dezenas que perfazem já a minha idade por várias tentativas deliberadas de silenciamento,nunca o conseguiram...
Com uma paixão preenchida de muito futebol,não deixei no entanto "também" de encontrar na vida muita porcaria pelo caminho,e ainda assim venci a causa do meu "futebol rebelde"...
Passados agora alguns anos,abracei de novo outra causa pela qual preciso de gritar vitória,para bem daqueles que são como eu e convivem diariamente com o desfavorecimento de uma sociedade podre,porca e mal cheirosa...
O Mercado da Figueira é o meu local de trabalho,o "poiso" de muitos que pouco ou nada mais têm para materializar as suas vidas dignas e capazes de serem bem mais transparentes,do que "outras" que envoltas em "engomadas" e distintas gravatas não exibem a sincronia séria e também exigível para fatos de refinado corte...
Bem sei que tenho algum "dom" nas palavras,mas também sei que elas provêm do coração,e que quando me envolvo no impulso da emoção não escondo o que sinto e o que desejo para bem de todos...
No Mercado da Figueira "calaram a música ambiente",fecharam o "microfone da comunicação",silenciaram a alegria do povo,entristeceram "algo" que parece destinado a morrer,mas pergunto:
Já lá vão uns meses, e será que sobre mim nunca mais se ouviu falar ?
Será que o Mercado já fechou,ou eventualmente morreu ?
Negativo...
O silêncio da minha voz tem dado ênfase às razões das minhas convicções,os sorrisos que solto livremente pelo ridículo de certas ações são acompanhados na emoção atenta de quem em mim confia...
Coloco-me bem e apareço quando devo,soletro algumas palavras feitas de verdade em "amontoados" que têm tanto de ocasionais como de providencial oportunidade...
Saio de "cena"quando quero, e me parece adequado à natureza das intenções dos meus adversários...
Enfim...faço aquilo que tantas vezes ensinei na minha vida,controlando as minhas emoções nos sons e movimentos proporcionais ás circunstâncias de momento...
Escrevo umas linhas,e distribuo o doce ou amargo de quem não se coíbe de o provar,de o experimentar,e se tornar dependente da curiosidade feita de verdade e espontaneidade...
Sou assim,não há nada a fazer,e por isso vão mesmo ter que levar comigo...
Estamos em tempos de austeridade,que também está a servir de subterfúgio a muita prepotência e ranhosice,e mesmo que os "monstros" comprem tudo,acreditem que eu tenho a certeza convicta de que nasci para vencer,e o pior para "eles" e como já o disse mais que uma vez :

Seja qual for o resultado...

Mercado Engenheiro Silva Sempre !