Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

No futebol...como na vida...recuso-me a mudar...

Era assim...


Era assim o primeiro teste para quem era meu jogador
e fazia parte da nossa equipa...
Eles não sabiam que os observava sorrateiramente,
mas os primeiros indicativos tinham que estar ali...
Eles sabiam bem e reconhecem hoje aquilo que nunca os mandei fazer,
mas que tinha que acontecer...
Aquele abraço no início de cada jogo
encobria o amontoado de mãos solidárias...
O bater estrondoso dos seus corações 
faziam adivinhar um grito enérgico
e emanado de um meio de corpos contra corpos,
de almas contra almas,
mas que apenas desenhavam uma só...
Os primeiros juntavam-se de forma firme e convicta,
e os outros que nunca podiam ser outros,
uniam o círculo fraterno de um eixo em que todos
esmagavam mãos sobre mãos...
O grito sonoro soltava-se aos quatro cantos,
e a plateia aplaudia com incentivos de vitória,
como clamando por um final de festa...
Entre mais um abraço e um pique,
e um outro grito de raiva de cada um
e para todos,

como que me acalmava a alma...
E aí sim,
sentava-me tranquilo no banco,
e fitava cada um deles sem sorrisos hipócritas...
Não valia a pena esconder,
eles conheciam-me e eu conhecia-os a eles...
O momento era de tensão
e o desafio era o controle de emoções,
que não se fazia de sorrisos nem de displicências ocasionais...
De resto,
também tínhamos outra certeza,
que no final acontecesse o que acontecesse,
a nossa amizade era muito,
mas muito superior a qualquer decepção de um percalço
que nunca se podia somar a outro...

Custcruz