
A autarquia da Figueira da Foz exige que o Casino local proceda a uma intervenção na fachada do edifício, por forma a garantir a segurança pública, após mais dois vidros terem caído na rua.
“Há o perigo de um dia destes um vidro cair em cima de alguém, é uma questão de segurança pública. Estou preocupado mas tanto a Câmara como a Protecção Civil têm diligenciado junto do Casino para resolver a situação”, disse o vereador António Tavares à agência Lusa.
No sábado, dois vidros de grandes dimensões soltaram-se da fachada principal do edifício e caíram no passeio, junto à entrada, sem provocar danos pessoais, disseram testemunhas no local.
Funcionários do Casino procederam à limpeza dos estilhaços e colocaram três grades metálicas, no passeio, na rua Bernardo Lopes, resguardando a zona.
António Tavares afirmou que após outros vidros terem caído de uma das fachadas laterais, em Abril e maio, os serviços camarários notificaram a administração da Sociedade Figueira Praia, empresa do grupo Amorim Turismo, proprietária do edifício, a colocar protecções “para garantir a segurança das pessoas” e intervir na fachada “de modo a não caírem mais vidros”, disse.
“Foram colocadas fitas plásticas, os serviços de Urbanismo afirmaram que não era suficiente e sugeriram taipais. Mas o Casino não cumpriu”, indicou.
Após fiscais camarários se terem deslocado ao local a divisão jurídica da Câmara Municipal emitiu um mandato de notificação, solicitando, no prazo de 30 dias, o cumprimento da determinação anterior “sob pena da situação ser comunicada ao Ministério Público e o Casino poder incorrer num crime de desobediência”, frisou António Tavares.
Não acha digníssimo responsável de redacção do JORNAL "O Figueirense" ?... (pergunto eu Custódio Cruz...)
“Em principio(?) esse prazo já se esgotou. O Casino tem-se mostrado renitente em resolver a situação”, sustentou.
As quatro fachadas do Casino foram revestidas com centenas de vidros nas últimas obras de requalificação do edifício, há cerca de uma década, com finalidade decorativa.
Em Abril, a queda de um vidro na rua Dr. Calado levou um munícipe que passava no local, nesse momento, a comunicar o caso à PSP. Na sequência, bombeiros e Proteção Civil avaliaram as condições dos vidros, com cerca de dois metros por um, presos à parede, mas afastados desta por um sistema de fixação metálico com ventosas.
Três semanas mais tarde, em maio, a queda de outro vidro provocou danos em dois automóveis, estacionados numa das laterais, na mesma rua.
Após este incidente foram colocadas grades metálicas que impedem a circulação de pessoas no passeio da rua Dr. Calado, mas também o estacionamento de viaturas.
A agência Lusa tentou ouvir a Sociedade Figueira Praia mas, fonte do Casino indicou que “ninguém” da administração se encontrava no edifício, por ser fim de semana.
Em declarações anteriores, o administrador Domingos Silva alegou apenas que “questões de natureza privada de uma empresa privada não são tratadas na praça pública”.
Ai não?
Então e os vidros podem continuar a cair...sujeitos a matar pessoas? (Pergunto eu...)