Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sábado, 6 de julho de 2013

Ana Maria Biscaia vence Prémio Nacional de Ilustração.


A ilustradora Ana Biscaia venceu o Prémio Nacional de Ilustração pelo seu trabalho no livro “A cadeira que queria ser sofá”, com texto de Clovis Levi, anunciou a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Em comunicado, a DGLAB afirma que o prémio nacional foi decidido por “unanimidade”, tendo concorrido a esta 17.ª edição 78 obras, publicadas no ano passado por 45 editoras, da autoria de 63 ilustradores e textos de 66 autores. O Prémio Nacional de Ilustração tem o valor pecuniário de 5.000 euros, acrescido de uma comparticipação de 1.500 euros destinada a apoiar uma deslocação à Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. As menções especiais, no valor de 1.500 euros cada, são expressamente destinadas a comparticipar deslocações à Feira de Bolonha.

O júri foi constituído por Adriana Baptista, docente da Escola Superior de Educação do Porto e investigadora nas áreas de processamento de textos híbridos (imagem e texto) e compreensão na leitura; Manuel San Payo, docente da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, artista plástico e ilustrador, e Cristina Grácio, em representação da DGLAB.
 “A cadeira que queria ser sofá”, editada pela Lápis de Memória, o júri considerou que “o texto assume-se como ilustração, produzindo, em certas páginas, um corpo plasticamente orgânico e coerente”. “As qualidades pictóricas desta obra utilizam o livro, enquanto objecto e formato, transgredindo os alinhamentos habitualmente impostos pela composição e paginação gráfica e tipográfica”, salienta ainda o júri.

Texto de Lusa • 04/07/2013 - 13:08

Digamos que esta cara não me é estranha,ou pouco me engano,é aquela menina encantada pelo Mercado da Figueira,que o tem acompanhado de forma muito atenta e sensível,decerto por uma paixão declarada a valores históricos e tradicionais da sua e da nossa terra,que se nota a léguas no seu comportamento emocional e de convicções afectivas,com conhecimento de causa e curiosidade viva no desenrolar da história e das histórias subjacentes ao trajecto deste espaço,e onde se tente entender o princípio,o meio e o fim daquilo que até se pode amar de alma e coração.
Quer dizer,fim,cruzes canhoto,espero bem não,ou melhor,tentando eu me explicar com mais clareza,enfim,quando se deseja "algo",só há um caminho,luta-se por ele,e ainda que essa parte tenha sido muito mais protagonizada por mim,sempre achei na Ana Maria Biscaia,aliás como em muitos outros(a) amigos(a) do nosso Mercado,a vanguarda moral que catapultava a minha energia nas convicções que nem pouco mais ou menos e por isso mesmo,eram só minhas...
A Ana Maria Biscaia,só a conheci por força deste "dedicado" processo de causa,como sou um bocadinho atento ás emoções de quem passa por perto de mim,um dia vi-a a fotografar o Mercado,como na altura tudo o que fossem fotos e não fosse estrangeiro, tinha redobrada atenção pela minha parte,porque daí poderia vir algum inimigo,ou então amigo da "Sala de Visitas".
Observei-a como já disse que o fazia a outros e outras,e tentei ali e através de "olhares",até insinuar-me a uma conversa que esclarecesse a minha curiosidade,qual não foi o meu espanto,quando sem me dar tempo a esse passo,esta menina galgou as minhas intenções e desatou a fazer-me perguntas sobre a minha visão de luta para o objectivo que na altura eu assumia com direito a parangonas jornalísticas cá do burgo.
Foi a partir daqui que a conheci,atenta,irreverente,enigmática,menina de silêncios expectantes,convicta,de emocionalidade tão controlada quanto de caminho curto para as reacções à flor da pele,apaixonada pelo diálogo desafiador,viva nas expressões físicas,e até capaz de "quase tudo" para conseguir resultados para um caminho o mais genuíno possível.
Perguntam vocês,como posso ter eu tantas certezas,se ainda assim a minha comunicação com a Ana Maria Biscaia,se resumiu até hoje a umas poucas oportunidades.
Bem,em primeiro lugar,posso para aqui estar a dizer um monte de asneiras e suposições,e para o confirmarem têm que lhe perguntar a ela(com todo o respeito...),e isto se a conhecerem,ou ainda se a Ana Maria Biscaia estiver interessada em responder,por outro lado,quem me conhece já sabe o quanto sou muito pretencioso e audaz  nesta matéria da observação humana,sempre fundamentada nas coisas simples da vida,e sobre a menina em causa,sei lá,dou o exemplo da expressão dos seus olhos quando se toca nos objectivos de fulcro de uma determinada conversa,"naquele salto" na cadeira da sala do CAE,onde estava tão tranquilamente ripostada antes,e isto na apresentação do ,já não me lembro bem,e tudo isto por "força"do meu apelo no pedir a palavra para saciar a minha curiosidade também nas explicações até ali dissecadas.
É,notei,até parece incrível como,mas tenho as minhas certezas em "quase tudo" o que aqui estou a referir.
Ainda sobre a Ana Maria Biscaia,acredito que gosta muito do seu nome Ana Biscaia,mas que tem um carinho muito especial pela ligação de Maria com ambos.
Pronto,ficamos por aqui,(o que não lhe vai agradar...),mas o objectivo deste texto é, dar-lhe os parabéns sobre o prémio alcançado,e aí,quem o leia,pode até pensar que falei de tudo menos desse prémio muito significativo para si e para a Figueira,e digo-o assim, porque na minha perspectiva quem gosta da sua terra,nunca pode ignorar feitos da sua gente,mas caramba,será que não disse quase tudo porque a Ana Maria Biscaia obteve tão brilhante prémio?
Pensem bem,revejam o texto se vos apetecer,e tentem encontrar as bases desse mesmo êxito.
Parabéns Ana Maria Biscaia,continue como é,desafiadora do presente,e a vida irá continuar a sorrir-lhe...

(:)
Custódio Cruz