Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Um texto longo,chato,e pretensioso sobre eu,mais eu, e o Mercado da Figueira...


Será que sou mais reconhecido fora,ou dentro do Mercado da Figueira?

É assim,a imagem fez-se com o tempo,dentro do Mercado todos reconhecem e respeitam,ainda assim,só que uns de uma maneira e outros de outra.
Ora bem,como é que vou explicar...
Quando se vive perto uns dos outros,é mais propensa a hipocrisia ganhar terreno,os espaços emocionais são pouco limados,e vai daí,é fácil jogar com os atritos das circunstâncias que constroem um quotidiano de entendimentos muito subjectivos,pouco ou nada emanados da pureza de sentimentos,e muito menos da sincronia dos bons valores sociais,ou seja,dos interesses comuns,como os tais que até pudessem servir os  interessados com o rigor e imparcialidade no mínimo aceitável,
Pois está claro que até pareço um lírico a falar,ou talvez não,mas ouçam com atenção:
Ali,eu também os testo,enfim,por culpa deste vício que tomou conta de mim à nascença,e quando me quero divertir,vou-me aproximando de uns que há muito sorriem para outros,mas desafiam "os mais ou menos surdos e moucos" a falarem e a historiarem "o léxico" que possa servir os rancores do vício,juntam-se a um bote e não a um barco de navegação conjunta,sorrirem com expressões codificadas,mas sempre conciliáveis à luz de um tecto que é de todos,e onde também todos têm de saber viver às suas maneiras.
Pronto,e aí,logo noto o ganho de pontos à ré,e a perda à proa,e sendo assim o que fazer?
Não é fácil,mas se houver a paciência que nem sempre tenho,até porque teimosamente não a quero, é só saltar para a "outra banda",e  fora da luz dos "olhos luminosos" que tentam controlar as directrizes de forças exteriores de inegável peso nos comportamentos,fazendo uso e abuso de um povo que roça a mediocridade,e tudo por culpa ou da presunção,ou pior do que isso,da submissão acorrentada em favores com créditos sempre pendentes,ou no "habitue filosófico" de uma vida feita de oportunidades sempre sorridentes,e muito pouco variáveis no esforço inato do ser.
Durante quatro anos fui o político perfeito que os ajudou também a respirar,eles sabem disso,mas como sou um teso com tendência a tombar(ainda que heroicamente)na classe dos desgraçados de pé descalço,o melhor mesmo e agora que já têm "a casa nova",é afastarem-se um pouquinho de mim,não vá o Diabo tecê-las,e serem confundidos com a reencarnação de um "Deus justo",que ao qual só se apela quando estamos à rasca...
Resumindo e baralhando,o tempo no Mercado da Figueira,e não generalizando,é de abanar a "bunda" da vaidade,exibir firme a testa das conquistas,e fazer brilhar as almas que agora voam soltas e sem as pressões negativistas de outrora,afinal de contas,depois de uma viagem de um ano quase em alto mar,eles nem se lembram dos que já tombaram antes,durante,e até depois do regresso,pois que o que interessa mesmo,é aquele egoísmo tão doce,que vigora a sola dos pés,e equilibra um sonho onde cada um esteja olhando apenas de soslaio,e isto talvez pela inconveniência de emoções que só interessam quando tocam "o boi" num todo...
Pois é,aí os iluminados jogam no enfraquecimento gradual,e os resultados com tempo irão dar os seus frutos.
Sinceramente,e se estratégicamente certos colegas concessionários que por lá ainda tenho agora,me interessaram no passado recente e para colorir o número,também o admito sem qualquer tipo de oscilações que também já podiam ir andando,aproveitando para dar uma "voltinha" ao bilhar grande,e tentarem gozar o descanso merecidíssimo dos guerreiros da vida,pois que por agora já só estorvam,e até complicam o futuro de um espaço que os governou em tempos oportunos,e que por isso mesmo agora não precisam para nada,ou melhor concretizando,nem emocionalmente me parece,tal é a falta de assiduidade com que o frequentam desde há uns tempos para cá.
Vivendo assim,com esta forma de uma retórica fiel aos meus princípios,estou-me pouco nas tintas para a minha popularidade dentro do Mercado,ainda que volte a referir,que são muitos mais os que sonham com os meus protagonismos,do que aqueles que por agora se interessam mais pelo tempo das vindimas,que serão lá para Setembro,aquele tempo que este ano lhes oferece a possibilidade de uma boa colheita,com mais valias na disposição de dispensarem o préstimo dependente de um qualquer corajoso que os empurre para o bem,mas não tem futuro no mal.
Já fora do Mercado,tenho que reconhecer que gosto que me cumprimentem como ás vezes sou surpreendido,das reacções anónimas(e porque não sou obrigado a conhecer toda a gente),em agradecimentos e saliência numa luta à qual estiveram atentos,e porque mo confidenciarem,pela certa muito admiraram,e reconhecem mesmo sem qualquer tipo de duvida essa avaliação.
Já pelo meu passado no futebol juvenil,criei uma legião de admiradores por virtudes humanas,e quando esses me encontram, sempre me dão força às minhas lutas,que são afinal tão iguais no empenho,amor e dedicação com que o fiz para que estes fossem felizes nos objectivos propostos naquele contexto específico,mas preso como não podia deixar de ser à realidade social que limitasse tratamentos díspares,não fosse eu justo e atento.
Assim,imaginar aquilo que não vou de certeza absoluta fazer,percorrendo um concelho onde em cada freguesia tive dezenas de discípulos,seria fazer suar a minha alma num contentamento mais que previsível pelo crédito,o carisma, e sobretudo o de um reconhecimento de alguém que lhes foi "fora do comum",não por aquilo que querem fazer querer,mas por aquilo que estes próprios viram,aprenderam e sentiram.
Se me sinto um vencedor nesta luta pelo Mercado da Figueira?
Mas é claro que não,pois esta ainda não acabou.
Se foi difícil,como me perguntava aquela menina que recentemente ganhou um meritório prémio artístico?
Claro que foi menina,também foi preciso muita "arte" para "motivar" atitudes mais responsáveis,e que passado todo este tempo até se podem,e se o quiserem, desmistificar em rigor,mesmo que hoje se fale da obra como concretizada com êxito,e apesar dos receios expressos em "barbaridades ditas e consumadas" por um tal vendedor de sonhos,que continua a perceber muito de futebol,e não abdica de vender também as melhores pantufas do Mercado.
Para terminar,muito obrigado aos muitos que me têm aparecido a dizer que escrevo muito bem neste "Asas do Vento",mas olhem que se continuam com os elogios,começo mesmo a convencer-me que tenho "a pena do Ary",como me disse ultimamente um destes elogiosos admiradores dos meus escritos e verdades.
Beijinhos e beijocas para elas,abraços e apertos de mão para eles,bom,no fundo conforme mereçam ou não...

Custódio Cruz