Solidão...
Do lado de cá é a sombra que prevalece,
o silêncio que nos emudece,
o sonho que desaparece...
Lá fora soam frenéticas as emoções,
soltam-se ventos e trovões,
encaram-se caminhos ao ritmo das fortes ilusões...
soltam-se ventos e trovões,
encaram-se caminhos ao ritmo das fortes ilusões...
Por aqui assobia calma a voz da solidão,
bate lento o ritmo do coração,
num intervalo de uma verdadeira oração...
Eu sou eu,
e tu és quem?
Porque falas ao ouvido e insinuas que não és ninguém?
Indiferente e quieto no tempo,
escondes a alma num breu de horizontes perdidos,
refletindo melancólico...
nos trilhos que não foram vencidos.
Tombam as pálpebras,
num retiro de um ponto final,
apenas isso...
e nada mais do que isso.
Custódio Cruz
(22h37m)
08/04/2014
(22h37m)
08/04/2014