Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Liberdade individual...


Sei que sou um ser de emoções...
E sempre que escrevo seja onde for...faço-o de alma e coração espevitados nos seus mais elevados sentidos...
Quando à pouco pensava que no próximo domingo se assinala o 25 de Abril...ao mesmo tempo reflectia na minha atitude como ser humano ao longo da vida...e nas verdades que construo-o através das tais ditas emoções que são escritas com a ortografia do coração...
E acho sinceramente...que se não tivesse acontecido esse momento importante de viragem política em Portugal...eu hoje de certo teria muitas dificuldades em viver e quiçá sobreviver...
O certo também é que ainda hoje digo o que quero...mas é notório que os ideais democráticos do 25 de Abril de 74...há muito têm vindo a ser adulterados,a liberdade de expressão está ser aniquilada,os valores de posições pluralistas foram substituídos friamente por uma disciplina de grupos,de credos e...de medos impostos...
Fazendo uso de uma reflexão que um dia justifiquei(!) para alguém e para quem quis ler sobre isto do pluralismo de posições e até parecendo que nada tem a ver com o assunto...peço no entanto que pensem bem sobre uma experiência de vida que parece tão banal...mas nos pode dizer tanto sobre o respeito que devemos ter para uns com os outros na construção de uma sociedade mais justa...

Quando eu era treinador de futebol submetia os meus atletas a uma disciplina a todos os níveis rigorosa...e isto no intuito que o colectivo funcionasse verdadeiramente...
No entanto salvaguardava sempre como principio de liberdade individual...que todo o esquema programado podia ser contrariado com uma determinada acção em jogo ou fora dele...na razão directa que só essa mesma acção estava adequada áquele determinado momento específico...
Seria ali que o jogador agia e a decidia por si mesmo...fruto da sua própria capacidade e sensibilidade em experimentar o desafio do risco e marcar a sua própria diferença...
Aceitava assim eu a possibilidade de ser surpreendido por alguma indisciplina táctica,mas que seria um grande valor acrescentado para um desidrato final que podia ser muito agradável para todos...
Até porque para além do acerto teórico que inspirava esta minha filosofia,até estava solidificada pela atitude de muitos dos meus atletas ao longo dos tempos...e que sem eu contar me surpreendiam com jogadas fenomenais e golos maravilhosos...que me colocavam eufórico e a aplaudir de pé...
Na verdade todos tinham de facto de cumprir com as regras estipuladas,mas também todos tinham a possibilidade de me mostrar que eu não tinha toda a razão do mundo...e que apesar de ser o líder também só o era...porque os meus jogadores sabiam que os considerava muito importantes...
Fiquem bem...