Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 7 de maio de 2013

Leitura do rosto...

Foto Pedro Cruz
Duas fotos,
duas imagens naturalmente diferentes,
dois rostos que em dados momentos reflectiram a alma...
Um espírito capaz de nos dizer tanto,
tanto,tanto,
mas que ainda assim só mesmo o protagonista poderá certificar essas certezas...
Nem me importo que fique com estas,
pois por mim e apenas por distracção, 
faço o esforço de uma leitura baseada em sentimentos,
em gestos,olhares,brilhos e pouco mais...
Tento um exercício sério,
mas com riscos naturais para quem é audaz na procura de verdades alheias a um entendimento vulgar...
A um passado distante,
mais que a jovialidade dos tempos pressinto-lhe uma áurea de enorme confiança e auto-estima,
nos sorrisos comedidos,
 a segurança de argumentos capazes de fazer brotar em erupção um vulcão de respostas sem pensamentos demorados...
Na firmeza do olhar,
transparecem as certezas de caminhos onde o fim não se vê,
o princípio era naquele momento,
e o meio naquele que ele quisesse...
Passou o tempo,
e tudo o que tem ficou aquém do que desejava,
segue em frente mais triste do que contente,
cumpre as regras de vida, 
mas sem a irreverência que o afrontará de dentro de si até ao fim dos seus dias...
Olha à sua volta,
e cansa-se com as novidades,
olha para dentro de si e sente que ainda tinha tanto para dar...
Encara os dias cinzentos de forma indiferente e conformada,
distraindo-se com um ou outro sorriso,
que por momentos até o faz esquecer que as coisas não lhe correm como um dia sonhou...
Não sei o que se passa,
mas ele o saberá de certeza...

Custódio Cruz