Desde sexta feira e com escassos cinco dias para uma consulta pública de "um outro" novo Regulamento para o Mercado da Figueira,sobressaem nas propostas do executivo camarário mais uma vez a fragilização dos concessionários daquele espaço tradicional que este ano completa 121 anos de existência.
Efectivada que está praticamente a sua remodelação com dinheiros vindos e destinados ao interesse publico,caminha este espaço a passos largos para um futuro de privados que abominam o cheiro a peixe e a peixeiradas de "gente de baixo nível",que há muito se marimbam para os pregões,detestam misturar-se com a ralé,odeiam bailaricos de circunstância,se confundem com as cores puras das verdades inconvenientes,enfim, se perturbam com pesadelos de amontoados mal definidos e sobretudo pior classificados para as suas realidades sociais...
Na nau dos "pobritanas" a confusão instala-se de novo,depois do salve-se quem poder,já são mais os que vêm as suas vidas a andar para trás,mas outros há que parecem ter garantias emocionais de um desfecho com "sorriso agradável",já para os demais, tudo indica serem os "malmequeres do mercado".
Até amanhã,vou tentar dormir um pouco para aspirar a alguma energia depois de tudo o que já se passou neste inflamado processo do Mercado da Figueira,como eu avolumam-se os das insónias crónicas,e a minha maior dúvida, é saber até onde irá a resistência de quem daqui a 2,5 ou 10 anos pode ficar sem nada,sem possibilidades de emprego,provavelmete na miséria, e olhando para trás na certificação de sorrisos cínicos que também há muito não o conseguiram disfarçar.
Seja o que Deus quiser, ou então como diria o nosso presidente da república,influências de Nossa Senhora de Fátima,até nos podem valer.
E agora digo eu...Deus queira que me engane.
E agora digo eu...Deus queira que me engane.
Custódio Cruz