Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sir Alex Ferguson na saga dos mitos vivos...





Alex Ferguson
Sir Alexander Chapman Ferguson, popularmente conhecido como Sir Alex Ferguson, é um treinador de futebol de nacionalidade escocesa. Atualmente é treinador e dirigente de futebol do Manchester United.
Nascimento31 de Dezembro de 1941 (71 anos), 


Podia ser apenas e só mais um final de carreira no futebol,mas como em qualquer outra actividade da vida, há os que passam por lá e os que nunca mais de lá saem.
Não há "borrachas" que apaguem os actos,as decisões,as posturas,o brilho de um líder que espalha o seu talento pelos cantos de um "estádio",um "estádio" onde as emoções se distribuem por forças que conjugadas podem levar as grandes equipas ás grandes vitórias.
Nunca por nunca se convençam que os sonhos mais desejados pela vontade de um colectivo se podem fazer substituir por uma,duas ou três individualidades predestinadas para a bola,e que só por si, possam também arrastar sobras enquanto dádivas  a distribuir por outros que hipotéticamente pudessem completar o quadro das grandes conquistas.
O problema começa por aí,um ser predestinado é um individualista por natureza,se não for disciplinado,se não for moldada a sua atitude que desafia o risco de ficar só,se não for sensibilizado para pelo contrário perceber o quanto tem a ganhar com os apoios de quem sustenta o seu brilho,então não há volta a dar,podem-se ter os maiores craques do mundo,na certeza porém que estes se enrolarão num caminho de desequilíbrios técnico-tácticos que nunca por nunca resultarão naquele abraço sentido de agradecimento ao colega que lhe fez a assistência para o golo,naquela palmada nas costas que reconforta uma opção mal sucedida,ou naquele carinho surpreendente que agradece a felicidade de ter junta uma família que é capaz de discutir por inércia de métodos,mas também de perdoar por solidariedade sentida desde as quatro linhas ao balneário,passando pelas ruas de uma vida que guardam todos juntos quase em segredo.
Perguntam-me vocês.
Mas afinal estamos a falar de quem?
Dos jogadores ou do treinador ?
Mas quem é que vai abandonar o futebol?
Pois meus amigos,seria muito fácil procurar o currículo de Sir Alex Ferguson,colocá-lo aqui como certificação do valor desta personalidade do Futebol Mundial que coloca agora um ponto final numa carreira recheada de muitos êxitos,e estaria tudo dito para o aplauso de pé.
Mas na minha modesta opinião,e por falta de uma trajectória idêntica no âmbito curricular,não me coíbo ainda assim de pensar que antes de "mostrar as coroas" é preciso conhecer os espinhos,as virtudes que nos podem transportar para o conhecimento de um só ser humano com a capacidade de liderar a construção de "uma equipa" na verdadeira acepção da palavra,partindo de seres e sensibilidades díspares, e num seio profissional que acarreta o risco de labirintos múltiplos que se não forem bem geridos atiram qualquer um pela "montanha a baixo".
Com isto não quero desprezar de forma alguma as metas alcançadas,apenas e só pretendo estender a "passadeira cintilante" para quem merece mais do que meia dúzia de palavras repetidas por aí...
De Sir Alex Ferguson e para além do mais, fico com a imagem de um senhor dominador das emoções mais travessas para o ser humano,de um tipo que saltava para o golo com a simplicidade com que os jogadores também o faziam,que mascava a chiclete sem vaidades,mas antes por necessidade,que sorria sempre da mesma forma e sem artificialismos promocionais,que felicitava os jogadores nas vitórias com o mesmo respeito que o fazia nas derrotas.
Obrigado Sir Alex Ferguson,por como um bom britânico ter teimosamente alargado a sua presença nos campos de futebol até aos 71 anos,ainda que tendo como certo que por lá fica noutras funções,se agora decidi-se fazer parte daqueles que vão viajar para Marte para nunca mais voltar,seria mais do que certo  que em Old Trafford o "fantasma encantado" viveria para todo o sempre.

Custódio Cruz