Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sábado, 24 de agosto de 2013

Memórias de um passado não tão distante quanto isso...(lV)


Momentos que se podem identificar se quisermos,
gestos que não enganam quem por ali vivia a pressão de um líder que sofria e precipitava incidências invulgares,
que ao intervalo dava o tempo necessário para se retemperarem forças num conjunto de procedimentos onde objectivamente se bebia um pouco de água,
se puxavam os músculos,
 e se exercitava(preparava) a mente numa reflexão silenciosa e preliminar para o discurso que aí vinha...
Não,
eu nas minhas memórias não sou como por vezes não resisto a abusar do "eu"como agora parece que o estou a fazer,
apenas sou objectivo,honesto e tento retratar emoções com a máxima clareza possível para tentar fazer perceber quem não viveu o espírito de liderança de uma "alma danada"...
 Por exemplo,
só não vê quem não quer,
 "aqueles olhares" perfeitamente iguais na expressão,
no sentimento e na reserva interpretativa do que aí viria depois da "calmaria" do apito do árbitro para o intervalo de um qualquer jogo...
Reparem bem como o Pelicano,o Zé Armando e o Sérgio olham numa só direcção,
nenhum deles tem vontade de sorrir,
também não me parece que de todo o medo lhes tolha a consciência,
já no que diz respeito ao respeito da omissão interpretativa dos objectivos propostos para aquele jogo de treino,
quem sabe por ali se alinhassem as suas dúvidas ou certezas por confirmar logo a seguir...
Quem estaria agora mais ou menos em pé, 
e arredado estratégicamente do tal banco dos suplentes?
Quem  seria o motivo dos olhares tão indiscretos,
e que deixava de propósito o massagista e os directores confidentes agir numa primeira abordagem ao fruto daquela primeira parte do prélio?
Quem seria  aquele "presunçoso" que paulatinamente media o "timing" certo para de novo se aproximar,
e assim desafiar o usual silêncio no embate psicológico que marcava a distância entre o amigo e o treinador?
Aquele que, 
tentava surpreender o grupo com uma atitude tão por vezes enérgica e até agressiva,
 como em outras solucionando "palavras musicalizadas pelo risco",
fazendo assim uso de soluções empiristas de momento, 
e que "jogavam de forma perspicaz" com os sentimentos de cada um...
O quê?
O "Branco" não estava a olhar?
Pois não,
questão de feitio,
muito antes já o tinha feito,
antecipava-se a agarrar a garrafa de água,
fixava os olhos no "peladão",
e deixava cair o cabelo para a frente da face,
como que se escondendo numa sombra providencial,
e que para além do mais,
servia de alternativa gestual aos olhares audazes,
o que não eram o ponto forte do numero 2 para aquelas ocasiões...
Outros permutavam em rodas vivas sussurrando preocupações de circunstância,
mas quando a sonoridade da comunicação se soltava,
era vê-los atentos e quedos  às orientações que podiam mudar o destino do jogo...
Sim...
E qual eram os resultados destes exercícios mentais e comportamentais de uma equipa estranha ao observador externo,
e que ao tempo sim ousava inovar em "expedientes mais de loucos do que de gente normal"?
Olhem meus caros,
eu chamo-me Custódio Cruz,
informem-se e tentem saber os nomes dos jogadores,
dos directores,
do clube,
e já agora os resultados dessas equipas,
e aí duvido que não fiquem esclarecidos...
Desculpem lá,
"...há sempre tempo para se ser humilde,
mas sê-lo sem o justificar,
é tudo menos a pureza da verdade..."


CNC