Equipas dentro de equipas,potenciar amizades e agregá-las aos sonhos que depois passavam também a ser seus...
Ser Treinador para mim não podia ser só arquitectar as tácticas,preparar o físico e o psíquico dos atletas para chegar ás vitórias mais desejadas,antes disso,era de vital importância escolher as estruturas humanas que construíssem as vozes de acção credíveis para lideranças com movimentos sincronizados,e tão necessários ao espírito de uma verdadeira família.
Pois,não abundava o dinheiro,havia que apostar numa criatividade feita de coragem para as melhores escolhas,e para isso,porque não apostar nos melhores amigos ao tempo,naqueles que eu conhecia bem e sabia lidar sem qualquer tipo de constrangimentos e logo à partida,depois,bem depois,não tenho razões de queixa,porque no final sempre quase tudo se concretizada da maneira mais acertada enquanto adaptação às expectativas criadas por quem liderava no topo da pirâmide.
O Júlio,o Júlio Borges, o Andrade e o Raimundo,juntaram-se ao Armando Esteves e à equipa dedicada dos "Alexandres" da rouparia,e com estes num só conjunto,se apoiaram e trilharam " nos retoques preciosos" para que a "redondinha" fosse mais vezes ao fundo das redes adversárias do que às nossas...
Enfim,como já disse,equipas dentro de uma só equipa,e com uma estratégia sólida que nos transportasse para sorrisos bem abertos e à perfeita das "fartazanas"...
Jogadores e feitios,que ainda hoje se comportam em padrões perfeitamente aceitáveis para quem tem direito a ser como é,e não como "os outros" desejariam...
E afinal de contas,que exemplo seria eu em termos morais para alicerçar filosofias contrárias ás suas sensibilidades mais genuínas,pois ainda que o tivesse tentado pedagogicamente em alguns conceitos que os motivasse no campo reflectivo,nunca por nunca,e nem a ninguém, exigi resultados em que as suas personalidades fossem desenhadas com chancelas externas ás suas próprias vontades...
Cada rosto que aqui está,identifico-o perfeitamente,e respeito-os ainda mais hoje,até porque "os seus mundos" foram capazes de os transportar na vida para resultados sociais e humanos tão valorosos,que decerto e sem querer adivinhar o que quer que seja,são bem capazes de não serem tão "ocos" quantos os meus no pisar de um futuro que deve ser cuidado em materialismos também exigíveis,e que não prolongassem sonhos a roçar "a utopia",e perigosos para quem desafia extremos feitos de "causas" que quase se podem confundir com orgulhos fúteis, mas que de facto vos garanto que ainda assim não o são, nem mesmo pouco mais ou menos...
O Marco 1 é hoje um grande ser humano,e o Camegim é daqueles companheiros que adoram o seu mundo e não dispensam o seu canto para sorrir à sua maneira,o Sérgio prefere olhar,ouvir e agir em conformidade com o seu pragmatismo cómodo,enquanto o Valadas com os seus "sorrisos marotos" calculava intervenções divertidas e desdramatizadoras.
Já o Lontro,o Ramalho,O Zé Armando e o Lascarim,não resistiam e nem resistem hoje à "explosão em tempo certo", e fora das vistas analíticas externas,impondo assim lideranças pontuais ,pertinentes e marcadamente fruto da perspicácia prática.
Já o Lontro,o Ramalho,O Zé Armando e o Lascarim,não resistiam e nem resistem hoje à "explosão em tempo certo", e fora das vistas analíticas externas,impondo assim lideranças pontuais ,pertinentes e marcadamente fruto da perspicácia prática.
Quanto aos "silenciosos" que por ali também estão todos,são suficientemente atentos e capazes de conhecerem o caminho para as melhores escolhas,mas é isso,sempre mais para o fim, como que reservando o protagonismo certificativo de uma decisão equilibrada e conciliadora.
Conhecer bem o seio de uma equipa de futebol é o maior segredo para se falhar menos e acertar muito mais,ainda que o "imprevisto" seja o desafio mais melindroso com que se lida,não deixa no entanto de ser o exercício mais aliciante para quem sonha à medida da ambição.
Não sei se me fiz entender,mas creio que sim,e se não, pelo menos tentei como ao tempo fazer sentir o que sinto,como forma do interesse primordial numa explicação de realidades passadas em que a ciência não dispensava a paixão pelo empirismo evolutivo.
CNC