Vai-te embora 2009,
foste um ladrão que me apareces-te...
Roubas-te parte de mim
como quem rouba sem dó nem piedade...
Levas-te a raiz que me fez crescer,
tiraste-me o amor
que nunca mais vou ter...
Ficou a memória e o pensamento
que um dia me irão ensinar a fazer poemas,
aconchegando doces lembranças,
de um livro de sorrisos
e lágrimas mais pequenas...
De ti nunca vou gostar
mesmo que odiar não seja capaz,
pouco adianta nesta triste certeza
de que nada já volta para trás...
Caminhando lado a lado
2010 se anunciou,
chegou o tempo da saudade
e de uma nostalgia sem fim...
Por tudo aquilo que perdi
e nunca mais volta para mim...
Custódio Cruz
