Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dia 5 de Abril de 2012...

Passaram três anos...
na sequência de um tempo que nunca saberei precisar...
Três anos,três minutos,três segundos que ainda hoje não comecei a contar...
Tua mão suspensa num último gesto de despedida,
e eu olhando para trás pensando que apenas me dizias adeus como das outras vezes...
Corri como um louco p'ará vida sem acreditar no que tantas vezes me disseste...
"...Olha filho, eu qualquer dia morro..."
Pois morrias...
mas não podia ser mais do que a mentira de uma verdade por acabar...
A mão foi tombando lentamente e teus olhos fitaram os meus,
não acreditei...
nem queria acreditar...
Virei a cara e corri atrás do destino que te queria levar,
perdi-me num túnel que agora não consigo acabar...
Porque tem que ser assim ?
Porque tinha tudo que ser como tu dizias ?
Porque não consigo preencher este vazio que por tanto me avisaste ?
Aquela mão marcada pelo tempo e canseiras de mais,
que tantas vezes beijei com carinho e ternura sem fim...
Era isso...
só isso...
beijá-la de novo
e voltar a tê-la para mim...



Custódio Cruz