E depois faz-se um silêncio assustador...
O mar recua como que "arrependido" da primeira investida...
Ouvem-se ao longe os gritos estridentes e aflitos das "gaivotas"...
Ninguém diz nada...
ninguém "fala" mais nada,
e só se olha num redor vazio e sem resposta...
O vento sopra numa acalmia aparente,
mas como que ganhando "um folgo" que vem de longe...
O que importa os artifícios da vida humana ?
O que importam as cartilhas certificadas pelo tempo ?
Para que serve a vida de um ser
com tantos "ameaçados" a qualquer momento...
Será este recuar estratégico só isso e nada mais ?
Ou será que como tudo tem um fim,
nem sempre o final é escrito pelos protagonistas do costume ?
Deixo-me manipular pelo silêncio
e tento adivinhar a vaga destruidora...
Não é difícil...
por ser tão previsível e igual a tantas histórias mais...
Chegou a hora de mostrar o que se vale,
o que se presta...
e do que somos capazes para além do que já se resistiu...
Ou a vida...ou a morte...
mas sempre dignos no destino que nos embalar...
Custódio Cruz