Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Futebol Rebelde...

Já nem me lembrava como era aquele ambiente mágico que me hipnotizou na maior parte da minha vida.
Hoje e talvez mais ou menos dois anos depois senti vontade de reviver a magia do futebol rebelde,instintivo e capaz de me transportar para emoções de um tempo em que valorizando o que tínhamos próximo de nós se iluminavam talentos que por serem referências enchiam campos, enchiam estádios e enchiam o coração de quem vivia e sentia o futebol conforme ele nunca deve deixar de ser visto,como uma festa do povo ampliada no amor que se lhe tem...e por isso mesmo nunca se lhe pode conquistar...
O certo é que o nosso futebol está cheio de "conquistadores" e cada vez menos de amantes da modalidade...e talvez por isso os estádios andam vazios...
No Campo de S.Pedro da Cova-Gala jogava-se decisivamente um Costa de Lavos contra o Maiorca para a Taça do Inatel,informação esta que me chegou via Facebook e através de amigo que o publicitou...
Falando em amigos foi muito agradável recordar peripécias passadas,e a certeza de que me relembravam e continuam a gostar de me encontrar...como aliás também eu a eles...
O ambiente humano estava ao rubro com muita cor e som entre as claques de apoio...contagiante e contagiado pelas incidências ocorridas dentro das quatro linhas...
Fixadas as atenções nos "artistas da bola",detectei um triângulo mágico(7,9 e o 11) que me deliciaram com dois belos golos,uma bola ao poste e um punhado de jogadas "com um perfume" que não esperaria encontrar por ali...ou talvez sim...
Os 2-0 com que o Costa de Lavos brindava a muita assistência presente foram "incendiados" pela redução para 2-1 através de uma grande penalidade e ainda antes do intervalo...
Ainda assim...e empolgado pela possibilidade de na segunda parte e segundo as minhas previsões alicerçadas na vantagem dos da beira mar se poder facilmente materializar em vitória final...mudei o meu posicionamento para o palco previsível de um eventual show de contra-ofensiva sustentado numa equipa bem articulada colectivamente,mas onde a magia técnica do número 7 de certo se entrelaçaria naquele "bailar a preceito" do número 9 e se apoiaria nos desdobramentos super articulados que o 11 fazia de trás para a frente...
Mesmo que o "Gavião"(treinador da Costa) me tivesse contrariado com a saída do 7 e do 11 já no princípio da segunda parte...e depois de algum "natural sofrimento" por recuo exagerado no seu último reduto defensivo,seria no entanto o tal 9 "que sobrou"...e já perto do final aumentaria a vantagem numa jogada de puro contra-ataque para 3-1...
Posto isto...deixei o jogo convicto de que o Costa de Lavos estaria a partir dali nas meias finais da Taça"...já quanto ao resultado final acabei por não o certificar...pois outras emoções do dia puxaram por mim e regressei ao meu castelo...
Certo certinho...é que foi muito bom ter regressado por instantes a "algo" tão parecido como um passado gratificante e inesquecível...