Já por algumas vezes fui tentado a dirimir com "anjos da tela visual" que vou conhecendo na casualidade do mundo, os argumentos filosóficos sobre a "arte de captar"...e em nenhuma das vezes fiquei de todo convicto de que as "emoções genuínas" possam ser colocadas de parte com a "fria circunstância" de que as repetições de um gesto é que determinem posteriormente a escolha da melhor...
As palavras e os sentimentos também têm"desígnios do diabo",e por vezes parecem encaixar tão bem que nos levam a conclusões fáceis e dissimuladas na aparência conclusiva de que ao contrário do que diferencia a beleza e subtileza de um gesto, nada tem a ver com o enredo que pressupostamente nos "tocou" num dado momento e onde há muito chegámos e nunca antes o captámos por pretensão...
Até podemos correr avisados para uma determinada ocorrência natural ou mesmo artificial,mas nunca por nunca deixaremos de ser surpreendidos por aquilo que não estamos a contar e se vai revelar determinante no resultado comparativo e final entre quem o é...e os que nunca o conseguirão ser...
Nós não somos os melhores no que queremos...mas sim no que somos verdadeiramente...poderemos ainda com muito trabalho surpreender quase na perfeição...mas "o quase" ficará sempre dependente de um organismo único de emoções que nunca se conseguem obter por inteiro...
Sim...defendo o individualismo de um ser...sem que com isso pretenda objectar a omnipotência de quem quer que seja...
No nosso mundo são mais aqueles que fazem o que não gostam do que o que gostam...e também é verdade que nem por isso a proporcionalidade matemática resulta na infelicidade emocional de quem por este desajustamento é atingido...
Parece que estou a entrar em contradição,mas de facto mais uma vez essa aparente evidência não é tão determinativa quanto isso...pois é mais nos momentos de lazer,nos marcadamente improváveis ou seja naqueles que não escolhemos por si só, que o "turbilhão" se liberta e nos aproxima de emoções resguardadas prudentemente.
Se o Tiago tem "geito" para a fotografia ?
Se calhar não...ou sim...quem sabe...
Quanto ao que interessa aqui neste amontoado de letras escritas por um "leigo" que se emociona com fotografias, e procura nesta resposta que lhe deixaram ao comentário de agrado perante a imagem "exposta" ,é com toda a certeza a procura da certificação o mais objectiva possível das verdades que defende...
obrigado mister! Uma imagem pode valer 1000 pensamentos, 1000 memorias
Pois é Tiago...e se eu não conhecesse tão bem os meus ex.jogadores,também não perceberia de forma objectiva o que queres dizer com "alguns" dos mil pensamentos e mil memórias a que aludes de forma tão simplista e objectiva.
Uma foto como esta e vista por exemplo de um plano como que "à proa" de um navio,e onde até se possa sentir "um sol" a iluminar um palco de regressos contínuos que por só uma vez não se concretizou...talvez quem sabe dê razão à "filosofia do sentimento" que defendo para a captação das imagens na arte de fotografar...
Quem sabe!
Custódio Cruz