Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Até sempre "Peladão do Bento Pessoa",que sejas um primeiro pronúncio do sorriso de muitas crianças no concelho...

Por aqui vivi uma perfeita odisseia de emoções múltiplas,
neste manto de saibro nem sempre frio aconcheguei memórias doces,
que só o foram porque outras amargas o tinham que ser...
Ainda que agora olhando para trás conclua que na soma das incidências de vida já me arrepie de saudade,
 muito feliz fico que seja por um fim ansiado há muito,
e  paralelamente até me faça sorrir de lágrimas nos olhos...
Bem sei que nem tudo aquilo que sinto irá morrer no "palco dos sonhos",
ao lusco fusco lá estarão de novo aquelas sombras escondidas entre a luz dos projectores,
como que num vazio preenchido de um silêncio que contraste com a sonoridade arrepiante de "anjos" que querem voar até ao "Olimpo das vitórias"...
Ali passei horas a fio,
por ti me aprumei no meio do frio,
encharcado fiquei na tentativa de não ver afogado o brilho dos olhos dos "meus meninos",
dos meus pupilos,
dos meus amigos,
de todos aqueles que queriam ver rolar a bola e se possível encantar os seus e os nossos corações...
Esfarraparam pernas destemidas numa  luta jogo a jogo,
treino a treino,
desafiaram-se extremos feitos de cal viva e impiedosa na dor do corpo e da alma,
inspiraram-se e expiraram-se toneladas de um pó quente e ensaibrado,
festejaram-se golos com carrinhos masoquistas,
viveram-se emoções das quais poucos se queixavam,
e mais do que isso,
as sonhavam viver na máxima plenitude...
Bailou-se entre as paragens imprevistas da redondinha nos charcos de água,
aprimoraram-se gestos técnicos refinados como que fazendo jus a um pelado bem passado e desenhado,
travaram-se lutas de "autênticos guerreiros" em pântanos nos quais só mesmo os melhores conseguiam vencer...
O "Peladão" do Bento Pessoa vai-se embora,
o do S.Pedro também já podia ir andando,
o da Leirosa como estes também é mítico,
e merecia vestir também de verde,
até porque as crianças de todo o concelho não sentem de forma diferente...
Eu tenho soluções que só os senhores governantes desta terra teimam em não crer ver e nem ter coragem de exigir há muitos anos,
tudo por egoísmos económicos e partidarismos bacocos.
Usando-se a criatividade e a boa vontade em tempo de crise,
talvez não fosse pior como exemplo,
 a Celbi e a Soporcel darem o primeiro passo relativamente aos sintéticos a sul,
assim tipo não sei se estão a ver,
em homenagem a todos aqueles familiares que já partiram por exemplo com um qualquer cancro que lhes apareceu...
Dar emprego a muitos é bom,
criar e fazer sorrir as crianças daquela margem com um investimento perfeitamente irrelevante para estas empresas,
seria muito fácil, 
e afinal uma contrapartida humanitária que já se justifica à muito...
Pois é,
eu sou um lírico,
um sonhador,
um pateta.
e os senhores é que são uns grandes gestores e políticos de palmatória...

Custódio Cruz