Gosto mesmo muito de fotografia,sem ser um entendido na matéria,confesso que tudo o que sejam expressões,reacções,ou melhor ainda circunstâncias físicas ou emoções de momento,me suscitam interpretações criadas entre o risco do óbvio,e a iminência da ilusão...
Aqui,temos uma foto onde os protagonistas objectados bem a podiam guardar para a posteridade,face ás posturas agradáveis,feitas não só do bom gosto nas indumentarias,dos penteados acertados,como também na descontracção das almas,na sincronia dos olhares,nos posicionamentos da luz dos olhos,ou ainda nas paralelas introspeções com o discurso vivido naquele espaço temporal...
Digamos como reforço,que melhor prova de parte significativa da verdadeira essência de cada um está aqui perfeitamente retratada,pois como que por encantamento,a verdade baila nos seus rostos,nos seus gestos,nas suas posturas ou expressões mais genuínas...
A Joana,lança bem ao seu estilo entre o sério e o irónico,uma qualquer observação tão pertinente quanto naturalmente codiciosa no retorno das reacções,o Miguel não se faz rogado,e de semblante concordante adia momentâneamente a resposta para viver com leves sorrisos o epílogo da descrição emocionalizada,já o Lídio Lopes como um observador atrevido que é,não regateia sorrisos largos a algo capaz de lhe aquecer o espírito e a mente,e quiçá espevitar uma curta e seca reação a preceito...
Quanto à Isabel Cardoso,imóvel mas bem sentada,até poderá ser toda ouvidos,mas afinal também que fazer tão perto da erupção de um triângulo tão bem composto,onde até o "jogo das palavras" lhe poderiam agradar se estivesse de frente...
Aquele lá trás,nem sei bem se é o Jorge Simões do Bairro Novo,mas com a timidez e capacidade de cálculo expressados,até parece,se bem que "coçar a barba" em momentos como estes, é sempre imprudente para uma imagem de circunstância objectiva,se bem que também ainda agora deve ter começado a ser assíduo neste tipo de eventos,e por isso...é na boa...
Entre o risco de errar e acertar,já me diverti aqui no meu blog da "chacha",agora só espero que ninguém me interprete mal a mim,ou me defina com a malícia que uma leitura de algo nos pode proporcionar,e que afinal mais não é que o contrário dessa intenção...
Custódio Cruz