Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Porque gosto de ver,sentir e imaginar emoções que também são minhas...



Foto de Luís Pessoa,
Alhadas,
Figueira da Foz,
Portugal
Fazer fotografia,
eis a questão...

Até se poderá não ser fotógrafo...e até se poderá também apenas tirar umas fotos,mas não é qualquer um que "as tira"...quer dizer,que nestas consiga reunir o "conjunto de emoções" que possam suscitar ao mais comum dos mortais a constatação de uma diferença para as tais outras que nem de longe nem de perto conseguem sair do "mundo dos distraídos"...
Por exemplo nesta foto o lado sensível da captação está na multiplicidade da forma e de conteúdo visual,nela temos um espelho que consegue refletir a realidade pura e simples da lagoa da vela,mas se repararmos no quadrante em que é captada,muito rapidamente somos motivados a dar voltas ao seu brilho.
Assim,e usando alguma imaginação podemos ver uma trança de cabelo,ou virando a foto da pernas para o ar uma árvore bem podada e imperial.
Ter-se "página artística"(enquanto fotografo) ou não ter é perfeitamente igual,porque a "coincidência da notabilidade" aparece como que por encantamento e  num desprevenido espaço temporal,ficando para sempre as que nos tocam pelo brilho,e ofuscadas a "banalidade dos amontoados" que nascem na hora e morrem ao minuto...

Custódio Cruz