Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Duas vidas ceifadas pela falsidade encantada do nosso mar...

Foto de Mané Amaro
Dois mortos em naufragio
Algo de muito anormal se passava,
ambulâncias aceleravam em marcha frenética e em sirenes estridentes,
do lado de cá,
antevia-se que nada de bom viesse do lado de lá...
As pessoas mostravam-se expectantes,
os olhos fixavam-se primeiro na ponte da figueira,
depois na zona do hospital,
 e finalmente num reboliço aflito do lado de lá do rio,
com o palco da desgraça  focado no arrasto de  ondas impiedosas,
e que pouca vontade revelavam em devolver as vítimas de uma face que o encanto do nosso mar também esconde,
e que quando sente oportunidade as projecta sem dó nem piedade para com quem o desafia na sua imponência orgulhosa.
Assim ceifou duas vidas humanas,
agora saciado na sua vontade macabra,
estende o manto de malhas que ele próprio tece,
esperando outros atrevimentos menos prudentes,
atitudes ainda mais audazes, 
e incoerências menos pensadas,
quanto capazes assim de arrastar inocentes que por obrigação sucumbem em defesa do seu sustento.
RIP
CUSTÓDIO CRUZ