Imagine-se a um ser humano poder dar azo aos seus sentimentos em tudo no que faz na vida,imagine-se poder-se dizer não quando se impõe essa atitude,ou dizer sim quando nos apetece e assim se possa justificar a nossa liberdade de expressão,e mais do que isso, ter a primazia sublime de ser livre na verdadeira acepção da palavra,de modo pleno e descomprometido.
A vida está difícil,e cada vez mais a ditadura dos egoístas,dos cínicos,dos prepotentes da nossa sociedade se quer impor para continuar a reinar,para continuar a sorrir de quem se atreve a acreditar num caminho genuíno e capaz de debater e construir em consonância,de tolerar,e até de escolher uma razão que também ainda assim não fira os outros,ou nem sequer interfira com os demais.
Estou revoltado mais uma vez com a vida,vejo no meio em que habito diariamente colegas por demais "desesperados",e por isso a enveredarem pela escolha de uma salvaguarda hipotéticamente providencial e atraiçoando meio mundo para sobreviver,vejo jornalistas manipulados pela tristeza de terem de reportar à condição porque têm famílias para sustentar e ganham ordenados de miséria,vejo advogados negar a torto e a direito a defesa de certas obrigações profissionais porque têm filhos lá em casa,vejo políticos concretizarem actos ilícitos porque a cartilha assim o exige,e até garante uma justiça que tem "sido certa" num teor justificativo muito discutível,e mesmo provocadora de um estado social instável,e onde as regras da igualdade de direito e deveres do cidadão estão camufladas na mentira da subjectividade teórica de profissionais de justiça habilidosos com as palavras,mas maqueavélicos nas intenções.
Ao meu País voltou "o medo" de agir nas plenas faculdades que a vida nos oferece à nascença,no meu País prevalece de novo a mentira sobre a verdade,e curiosamente,só "na arte dos movimentos sentidos" os patetas se distraem,e aplaudem aquilo que negam nos passos diários da convivência humana.
Ó esperto,tu não passas de um burro !
Custódio Cruz