Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ser árbitro de futebol...dá pica..



Quem gosta verdadeiramente de futebol nunca pode ser insensível ás várias vertentes que o compõem...pois afinal de contas todas elas são aliciantes e encantadoras...
No meu caso particular...quando fui jogador de futebol sempre achei "curioso" conhecer um "pouquinho" das outras posições no terreno...mesmo até que tivesse mais predisposição para avançado não deixei de fazer a minha "perninha" na baliza...
Fui treinador de futebol ao longo de três décadas...mas nunca resisti a deixar de planear e organizar no papel de dirigente...
Vi algumas vezes os meus jogadores contraírem lesões...e aproveitava para estar atento aos métodos e formas de tratamento executadas pelo médico ou pelo massagista...
Agora meus amigos...quando aparecia um "jogo treino" onde por acaso eu não era o treinador de nenhuma das equipas...logo me apressava a sugerir que não convidassem qualquer árbitro oficial...pois afinal de contas estava eu ali...
Confesso que me seduzia aquela missão...porque tinha muito a ver comigo...não fosse eu um amigo da justiça e apaixonado pela verdade...
O certo é...que no papel de árbitro me sentia feliz...nem que fosse só pelo desafio extraordinário de conduzir um jogo até ao final...para sentir na segurança das minhas decisões a satisfação de quem as acatava...
Sim é verdade...mesmo assim nunca se pode agradar a gregos e troianos...agora o que tenho como certo...é que toda a vez que o fazia sem ser em "bicos dos pés"...no final tinha as felicitações de quem ganhava e a compreensão pelo desígnio de quem perdia...
Fazia movimentações no campo por puro instinto...e isto com o intuito de acompanhar as jogadas...e mal eu viria a saber mais tarde que os árbitros afinal também "bailavam"...como um qualquer jogador de elite que se não o souber fazer...também nunca acerta nos momentos "mágicos do jogo"...
Sentia...que só com o apuro de uma boa condição física podia rivalizar com os ritmos que me eram propostos pelas duas equipas em confronto...
Percebia na comunicação com os jogadores que eu tinha que ser muito mais condutor e pacificador do que eles...até por estar estar muito mais distante daquilo que podia representar o resultado numérico daquela partida de futebol...
Mas ainda digo mais...que engraçado era a forma como tentava jogar com as suas mentes...reagindo com um sorriso...uma palmada nas costas...ou não desmanchando uma cara mais feia e convicta...enfim...pegando em todo o tipo de estratagemas mentais que me pareciam adequados àquele dado momento...e me pudessem controlar aquela situação específica...
Era ás vezes muito difícil...mas muito sedutor ser árbitro de futebol...era mesmo como um vício que alimentava a alma de jogo para jogo...onde se ganhava o respeito de todos...mesmo que zangados ficassem alguns com o resultado final...
Sim...porque desengane-se aquele árbitro que pensa que o jogo termina quando o apito soa para o seu final...
Não...depois ainda os jogadores,dirigentes e assistentes tinham os níveis emocionais sem o controlo desejado...e só muito depois da missão serena e tranquila de os levar para os balneários...zonas de saída ou acessos...se podia respirar fundo e esperar pelas reacções conclusivas de quem já tinha reflectido... e podia ter uma atitude mais consentânea com a efectiva exibição produzida pela equipa de arbitragem...
Então aí sim...missão cumprida e reforço motivacional para fazer melhor no futuro...e continuar a ser feliz a arbitrar jogos de futebol...
Sabem o que vos digo...ser árbitro de futebol dá pica...
(como diz a malta jovem... )

Aproveita a oportunidade e sê feliz...