Por vezes tanto procuramos,procuramos,que o que o que nos acaba por surpreender é aquilo que "apenas" acabamos por encontrar...
Também neste "momento mágico" que continua a brilhar na "Sala de visitas da Figueira da Foz",João Silva,quis revelar o cunho do seu próprio ser,sendo ele muito humilde como ser humano,soltou-se na moral em que precisa sempre de acreditar,e foi mais além na diferença,que o acabou por catapultar para um desafio onde o risco de expressar um grande resultado,vive paredes meias com o reflexo de um espelho quebrado...
Acredito,que tanto depois de "caminhar",encontrou numa "Delicada Tranquilidade" um rochedo que o marcou pela solidão maravilhosa do seu posicionamento e recorte,e ao qual eu lhe vejo uma notoriedade "figurada",em como assim também o imagino"vivo" na postura,atento nos sentidos ,e audaz na defesa de um território de todos nós...
Vejam bem,"ele" lá está fixando os "olhos no mar",passando a pente fino movimentos que possam ser "inconvenientes" àquela paz de espírito que o João encontrou sobre a perfeição macia de areia lisa,escolhida numa essência distinta,onde outros géneros de pedras ou conchas não têm sentido nem cabimento.
O João,então entusiasmou-se,deu-lhe umas "pinceladas"de audácia,traduzidas nas cores destinadas aos sonhos de ver a vida ainda melhor do que aquilo que ele já é,enquadrando criatividade ao seu trabalho,sem descaractrizar os elementos cruciais da paisagem.
Quando vi esta foto pela primeira vez,logo fiquei vidrado na sua estrutura peculiar,percebi que em fotografia não ir mais além do que só a realidade "das coisas",é fixar limites padronizados e assim não a deixar evoluir no "sabor" daquilo que pode estar dentro da alma de cada um.
Não há aqui,na minha óptica e gosto, grandes habilidades que pelo exagero pudesse "espartilhar" o espelho de alto a baixo,mas isso sim,o reflexo de uma alma que facilmente se deixou absorver por aquele céu negro de expectativas debeladas num horizonte liberto,quente e sonhador...
Esta foto de João Silva,é um momento alto desta exposição de olhares quase escolhidos a dedo,e que para quem por ali "passe",se insinua num "piscar de talento" que nos prende na vontade de a poder em outra ocasião "olhar" de novo,e por isso mesmo,porque esta tem sempre muito para dar no pouco "que parece" que por ali anda...
Parabéns João Silva.
CNC