Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sábado, 21 de setembro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira um,só já faltam 19...

Inicio hoje o "passeio",
e até gostei de voltar a fazer amigos depois de ter decidido que na vida já me chegavam os que tinha,
por isso vou acalmar e deliciar a alma em cada canto que me propuserem conhecer enquanto perspectivas oriundas dos seus próprios sentimentos,
dos seus atrevimentos,
das suas convicções feitas daquilo que os impulsionou num dado momento,
em uma dada libertação de vontades que cativou uma sobreposição a outros recantos do mundo,
pelo seu mundo,
pelo nosso mundo,
e muito mais por  aquele "cantinho" tão belo e cintilante pelo qual se inspirou o nome sob a sombra refrescante de uma figueira...
Cercado pelo abraço entre o rio e o mar,
e emaranhado em uma maresia que nos espevita a mente e "toca" o coração,
que nos ergue de peito bem aberto até ao alto da serra,
e nos motiva para um pujante grito de uma tal felicidade,
só mesmo descrito naquilo que o leitor possa estar agora a sentir,
e com toda a certeza já preserva desde há muito...
CNC


Sim,Bianca Nerlich,gostei muito das "Estrelas sobre a Figueira",é nas marcantes simbologias que se conta a história de um povo,e foi procurando no seu silêncio que percebi o quanto aquele moinho abandonado pelo tempo,pode conhecer ventos de realidades de vida que fizeram avançar "os contos e ditos" de como se sobreviveu entre o suor das canseiras e os sorrisos dos tributos.
Sabe,gostei de me encostar àquela madeira de outro tempo,sentir as sombras refrescantes e fitar aquele encanto ainda que envelhecido,ligar o enquadramento das velas sobre os campos libertos como que na procura de um horizonte imaginário,sentir o ranger do que resta,e esperar que não deixem acabar o que falta...
A sua captação parece-me que não objectou só a casualidade do objecto,mas enquadrou-se  isso sim,na curiosidade de um passado que nunca morre de todo,pois aquelas rodas perseguidoras do vento,ainda não desistiram de explicar porque eram fieis nos movimentos articulados com as velas de pano,que em "asas" fixas num bico de segurança,davam azo a um movimento triturador onde o gamelo pudesse soltar o milho,e amontoar a farinha branca.
Se outras estrelas há na sua proposta,só se for também no reforço do sentido crítico pelo abandono daquela mesa e bancos de madeira que poderiam hoje funcionar melhor para um bom piquenique,ou então,o brilho sempre presente daqueles pinheiros mansos que continuam com a verde esperança de que alguém olhe pela paisagem de que fazem parte,e onde o moinho é figura de proa.
Sabe Bianca,se o objectivo foi criticar o estado de coisas e invocar a história,então o título por tanto de subjectivo até pode ter sido bem conseguido,até porque penso e como já fiz referência,que a foto tem um contexto bom de mais para não se complementar em ambos os propósitos,e se esse foi o seu lema,parabéns Bianca Nerlich...
Ups...as estrelas brilham no céu...e com a subtileza dos seus encantos iluminam a foto no seu todo...
CNC