Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O Pedro Nuno,o Benfica,o Sporting e a Naval,ou um fim de semana cheio de "bola"...


Tendo como certo,que o meu futuro de vida vai ser em guerra constante,mais devo procurar espaços que me estabeleçam equilíbrios emocionais,onde me afastem por tempos certos de dentro das "quatro linhas da vida",e me proporcionem o aconchego de "uma bancada",onde observe o que me possa preencher a alma,e mais do que isso,me intervale a mente entre o que se deve fazer, e não fazer, para continuar forte perante quem espera no desgaste o golpe costumeiro para sorrir perante uma retórica comportamental,que quase sempre lhes dá a cedência hipócrita.
O certo é, que da minha parte nunca a terão,e será por aí,que concentrarei todas as minhas energias,na esperança de uma resposta determinada,que dilua de todo,qualquer estado de espírito que os favoreça na vantagem,sobre quem nasceu para vencer,mesmo não ganhando nas apostas onde a luta está comprada pela consciência.
Do que estou a falar?
Era o que mais faltava,querem chegar aqui e saber tudo?
Pois,é que se o soubessem,estaria agora e já,a entrar na contradição que mais convinha aos ditos cujos,e que também seria a maior traição aos meus ensejos.
Então,até já...

Falar sobre o Pedro Nuno,aquele "puto" de Buarcos que sonhou marcar um golo ao Benfica,é um exercício difícil,muito difícil mesmo,porque não o conheço bem como jogador,e isto,mais por minha culpa que me afastei das trajetórias da bola,e só agora tento retomar o conhecimento do que pode orgulhar quem gosta da sua terra,e em cada exemplo como o dele,sentir o arrepio de ser Figueirense.
Mas ainda assim,sei o que ouço,que complementado com o que tem feito,lança nas minhas convicções instintivas perspectivas em que o talento sobra proporcionalmente aos desenlaces comportamentais,que tanto o projetam para dentro do palco dos sonhos,como o afastam de forma surpreendente dos projetores sequenciais de quem tem uma estrela no seu horizonte,e não a segue na lógica dos brilhos que o revelam como um predestinado para bola.
Ontem,e no Académica / Benfica,ele voltou a ser escalado nos eleitos para o ataque a um sonho que parece cada vez mais complicado para a equipa da cidade dos estudantes,e como já o fez várias vezes,não deixou os seus créditos por mãos alheias,e enquanto teve pernas,e até porque se não se joga regularmente não se tem ritmo para "os quilómetros" que podia merecer,e mais,fica predisposto á lesão que acabou por acontecer,marcando ainda a tempo um bom golo,que ajudou a ligar uma equipa que começou bem,mas acabou precipitada nos medos que ele não teve,e por isso deu esperança a um desidrato diferente no resultado final.
Registei em cada gesto daquele golo,uma postura que a mim não me engana,e onde as emoções se transcenderam no querer que já o seu Pai Pedro evidenciava,e que mesmo perante desafios extremos,mais incentivado e tranquilo ficava,puxando galões de mestria,que só quem não se precipita nos tais medos,consegue como o fez o Pedro Nuno,controlar a bola a seu belo prazer,e colocar num dos cantos da baliza,a razão porque a "Mancha Negra"rejubilou com o mote com que o Buarqueiro lançou o jogo,e deixou em aberto a conquista de pontos para a tão desejada manutenção da Académica no escalão maior do Futebol Português.
Fica aqui no entanto,um conselho despretensioso para o Pedro Nuno,de que olhe para dentro de si,e se por lá encontrar um instinto de "acomodamento circunstancial",e isto em situações de desmotivação provocada,nunca alinhe no "deixa andar",pois a vida é feita de recomeços,e nada nem ninguém pode impedir a afirmação do que somos capazes...


Um Académica / Benfica,muito interessante sob o ponto de vista competitivo,pois pensava-se que face aos posicionamentos na tabela,e comportamentos recentes,que "as águias voariam facilmente no Calhabé",e assim concretizariam mais um passo em direção ao 35º .
E se o fizeram no objetivo,já não se pode dizer que o desfrutaram em "favas contadas",já que os "estudantes" traziam a lição mais ou menos bem estudada,e assim prometeram ao longo do jogo ameaçar os propósitos Benfiquistas,e não tendo sido a debilidade inesperada de se terem esquecido de trazer "as cábulas emocionais" para o exame,agora poderiam ter uma nota bem melhor do que aquela que acaba por lhes deixar o futuro ainda mais negro do que as próprias "capas" que escolheram...
Sim,capas,em vez de autocarro,pois não bastou unirem-nas em frente à sua própria baliza,com o intuito de escurecerem os instintos e ideias alfacinhas,e nem a espaços mostrarem que têm muito mais valor do que aquele que se traduz na classificação,já que primeiro chegaram à vantagem,e tentaram defendê-la encolhidos,e sem a audácia precisa para o fazerem em terrenos mais adiantados,e onde também se poderiam expor ao contra-pé,e quem sabe,solidificar na antecipação o sonho que os movia...
Depois,conseguiram,e apesar de se terem deixado empatar,levar o resultado nessa condição para a reta final do jogo,não sabendo controlar as emoções,voltaram a cometer o mesmo erro,acantonando-se junto ao Trigueira,que ia defendendo tudo o que podia,mas ao que se ficou a saber,não tinha argumentos sobrenaturais para fazer brilhar o milagre
Quem,o Benfica...olhem,despejou o numero suficiente de bolas sobre a área,e como no jogo aéreo defensivo,vi eu,e de certo não escapou ao Rui Vitória,os conimbricenses tinham tanto para se explorar,que foi por aí que Mitroglou,Raúl Jiménez e companhia,marcaram a diferença precisa,para obterem os objetivos da equipa,e deixarem "os medricas" em maus lençóis,e de resto,e na minha óptica,não vislumbrei desta feita,grande exibição por parte do S.LB.
Siga a dança,e vamos ver se o Rui,ou Jesus,pois que o Peseiro,estou a ver que nem defende a honra do F.C.P.,nem alimenta a vontade que o "cota" Pinto,tenha de lhe renovar contrato...
Chiça...Arouca,Tondela e Paços de Ferreira,e o Dragão a colecioná-las...


E uma vez que o Jesus já não pode gravar o 35º no queixo,tudo tenta fazer para concretizar outras somas,agora de Leão ao peito,defrontou com os "memes" que esta época o têm feito sonhar,um Marítimo,que apesar de tentar a surpresa com uma atitude valorosa,não conseguiu travar um Sporting mais forte,e que não desarma na perseguição ao pretendente do lado de lá da segunda circular.
O Marítimo mostrou-se forte nas transições rápidas,mormente no primeiro tempo,e onde aos 18 minutos,Edgar Costa,não dando sequência a um bom cruzamento,deixou de materializar um "canto de um cisne",que poderia ter feito gelar Alvalade,e que seria diga-se em abono da verdade,corolário da audácia insular em querer discutir um jogo,onde não era favorito,mas não deixava de se poder expor enquanto protagonista de um intuito que desse outra história a favoritismos mais do que aceitáveis.
Veio a segunda parte, e o Leão rugiu ao bom rugir,de forma intensa cercou a baliza maritimista,e foi sem surpresa que Teo Gutiérrez,desferiu um remate muito intencional no efeito,mas que beneficiou de uma "trivela artificializada"no pé de um adversário,e resultou no "golão"que colocou o Sporting na dianteira.
Daqui para a frente,foi esperar pela confirmação,que Salin tudo fazia para adiar,mas William Carvalho e Slimani,haveriam de ajudar a emoldurar em mais uma vitória da persistência,para quem não desiste de ser feliz.
Bom,tudo indica que, até ao lavar dos cestos vai mesmo ser vindima...

Foto Ana Maria Pinto da Costa

Por fim,lá fui até ao Bento Pessoa,onde a esperança e a angustia pareciam caminhar de mãos dadas para a Naval 1º de Maio,alicerçadas em uma vitória chicoteada por arrepios desesperados lá para as bandas de Peniche,e expectantes perante um Caldas que liderava a série, e na certeza não iria facilitar a vida à nau navalista,agora liderada pelo "salvador" Pedro Ilharco.
Este meu segundo jogo da época,em tons de verde,conseguiu mesmo descontrair-me de outras labutas,incentivando-me a descodificar razões que justificassem a aflição competitiva,que faz registar um destino tão incerto para uma formação que tive oportunidade de observar há uns tempos atrás,e em quem lhe desenhei um destino mais consentâneo com mais certezas e estabilidade,na obtenção nem que fosse dos seus objetivos mínimos. 
Desde cedo,aqueles "pormenores"que o parecem ser,mas não o são tão pouco quanto isso,me espevitaram os sentidos,realçados em eximias execuções nas bolas paradas por parte dos verde e brancos,que se afiguravam ser um bom meio para a Naval colher frutos ao longo de uma partida onde o pragmatismo de uma e outra equipa,mais faziam valorizar aquele meio,como forma de atingir os fins.
O segredo Navalista,estava no entanto claramente exposto num nível de motivação individual e coletivo fortíssimos,e seria com a força desse impulso,que o Caldas esbarrava numa equipa muito equilibrada entre o que fazia a atacar e a defender,onde os movimentos eram medidos numa sincronia onde a concentração era exigida como segredo das suas intenções.
Tito Junior e Jardel Nazaré,galgavam os flancos em apoios seguros,e nunca esqueciam as costas com quem quer que fosse,já Parracho e David Valença,tanto solidificavam o meio como "stoperes"dos buliçosos avançados caldenses,como nos cantos subiam bem alto na procura de uma diferença,que como já referi,estava mais fácil de projetar,face aos "pezinhos  milagrosos"de quem recebiam o pedido do sim tão desejado,e que aos 13m,teve em David Valença,a certificação desta realidade,cabeceando inapelavelmente para o primeiro dos Figueirenses,e como que não havendo um sem dois,foi a vez do outro central "se armar em invejoso",e para não ficar a trás do seu companheiro de setor,elevou-se o Parracho,para um 2-0,mais tranquilizador,e capaz de dar a tranquilidade para melhor obter a vitória final.
Mas o Diabo,está sempre atrás da porta,e ao cair do pano do primeiro ato,o intranquilo homem do apito assinala uma grande penalidade contra os verdes,a qual era uma oportunidade de redução no marcador de tal modo frustrante,que poderia trazer perigos de ordem anímica para o segundo tempo,mas eis,que foi a vez de Miguel Valença,o guardião da Naval,mostrar a todos que o grande jogo que estava a fazer,não era fruto do acaso,mas sim daquilo que ela era capaz de mostrar no seu melhor,e assim,defendeu o castigo máximo,executando uma defesa de enorme qualidade.
2-0 ao intervalo,e o Caldas regressava depois saltitante e impetuoso,na vontade de dar a volta,só que,desta feita o protagonista foi a guardião contrário,que em "Guerra" com a Bola,e tentando-a pontapear para a frente.mandou um grande pontapé na atmosfera,deixando passar a bola por baixo das pernas,e fazendo lembrar o saudoso Paulino,que nestas circunstancias e noutras,pois...gritava em bom som,e viva o Leite,e viva o Leite,e como que sentindo esse apelo,e tão balanceado que ia,foi mesmo o Leite,que sentenciou a partida de baliza perfeitamente escancarada...
Daí para a frente,elogie-se o jogadores do caldas que nunca desistiram de tentar,mas não se esqueça "os carregadores de piano"Ricardo Tavares e Fred,que lutaram até à exaustão,sempre tentando servir Junior Mendes,Iduíno e Leite,que deambulavam na frente de ataque como primeira oposição defensiva,e como preferencial opção atacante,nunca parando,e ajudando a ligar setores que não se queriam descoordenados.
Entraram na segunda parte,e em gestão das conquistas já feitas,China e Gomez,como o mesmo espirito de luta dos seus colegas,e em defesa de uma vitória preciosa para o futuro,enquanto o Amadu apenas o fez já perto do final,e por pouco tempo,mas quem sabe como incentivo para no futuro ter a possibilidade de mostrar o valor que até eu lhe reconheço desde os juniores.
Uma verdadeira equipa,foi o que foi,com Mister Ilharco,sempre ativo no banco,incentivando,aconselhando,e liderando na sua primeira vitória desta época, e à frente da prestigiada Associação Naval 1º de Maio da Figueira da Foz.

Foto Ana Maria Pinto da Costa