Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

E ainda falando em tradição,cultura e alma figueirense...


Anos cinquenta...
É verdade eu ainda não tinha nascido...
Mas caramba, eu gosto da minha terra e por isso até ao "baú dos outros" vou buscar memórias vividas de uma "alma" que é de todos...
Se reflectir-mos partindo do passado, e caminhando para o presente, todos sabemos e temos consciência de que tiraram à Figueira da Foz e objectivamente à sua "zona tradicional e histórica"(Zona Ribeirinha), todo o tipo de iniciativas que a projectavam e dinamizavam culturalmente...
Desertificaram e gelaram, isso mesmo O CORAÇÃO da nossa terra...
Gostar da figueira não é só construir betão armado em "cubículos de luxo"habitados pelos que podem,mas que por sinal durante o ano nem por cá moram...
Gostar da figueira não é só pensar que a construção do CAE é suficiente para instruir e dar a conhecer toda a riqueza cultural que o nosso concelho tem...
Gostar da figueira não é extinguir algo como o "cinema" da zona histórica enquanto arte dos tempos e para os tempos imortais...
Gostar da figueira é muito mais do que isso,
porque podemos e devemos transportar a nossa alma cultural para a rua,para o palco da vida,espalhando as nossas tradições como neste tempo para a Rua da Republica,para o Jardim Municipal(mesmo que amputado da sua essência original),para o Mercado Engenheiro silva,para a avenida do Forte Santa Catarina,para a avenida do Grande Hotel...
Sim já sei,estas avenidas que menciono têm outros denominações, mas cá para mim começava já por aí,não o deviam ter,preservar a nossa cultura é não deixar morrer a nossa mente histórica,e para isso nada melhor que manter os símbolos que nos notabilizam e notabilizaram ao longo dos tempos...
Aqui fica uma foto que pode ser "objecto reflectivo" daquilo que perdemos e podemos voltar a ganhar...
Como neste simples exemplo, um rancho nunca é "piroso",porque afinal de contas basta pensar um pouco e desmistificar esta premonição negra desde sempre:
"...A juventude daqui a uns tempos já não gosta disto..."
Conversa,este é o Rancho das Flores de Portugal,tipicamente e bem genuíno daquela época, mas pouco ou nada diferente dos que ainda hoje existem no nosso concelho,e quem dança aproximadamente seis décadas depois?
A juventude claro,só pode...
Só para terminar atente-se à ornamentação daquela artéria da nossa cidade,o povo apinhado cantando e dançando à passagem da nossa gente,daquilo que é o nosso ser mais profundo:
Gente da nossa terra,com o "ganda" Zé Leonardo da Rádio Foz do Mondego, logo ali na frente na companhia da sua mana Rosa do Mercado...
Olha para ali só o estilo do "Zézito" e da "Rosita" todos contentes a abanar o capacete...
Actividades do passado é verdade,mas que nunca morrem se as respeitarmos e as dermos a conhecer no presente...
Venham "outras" de skeit ou ao ritmo punk,ou seija lá o que for, pois haverá sempre um tempo para tudo,e nada se deve nem pode deitar fora...
Volta minha alma figueirense,tenho saudades tuas...