Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira nove,até podiam só faltar 11...


Luís Cavaleiro - Reflexos

As verdadeiras paixões sempre começam por princípios de afinidade,mas ainda que até se nasça e se cresça num meio,não será preciso no entanto ser esse o ponto chave para se ficar atraído por "aquilo" que um dia se revela como um começo de uma ligação que nunca mais acaba,mesmo que intervalos de contacto "façam vírgulas" a essas emoções,mais tarde ou mais cedo se retorna "ao canto de um cisne",e reencontra como Luís Cavaleiro o poderá ter feito,o que se espera,mas também sempre mais do que aquilo que se tinha "sentido" da primeira vez...
Erguendo a alma e aprumando  a objectiva, fez este "observador da vida" pontificar uma circunstância sempre única,onde elementos como a terra,o ar e a água,se revelam ombreados e envoltos em luzes de um "lume brando",que não o é,mas que a preceito quase o parece ser,e assim "aquece" os olhos de quem "o vive"...
Não bastou pegar na máquina,e disparar,mas sim expor-se ao sentimento que surgiu em paralelo com o coração,deixou voar o olhar,e captou a presença em rigor de um céu verdadeiro,e de outro tão calmo e reflectido num rio,onde a indumentária se revela num desenho de simetrias feitas de realidades físicas,onde nem os edifícios dos simbolismos, da história e das crenças,se despem daquilo que representam,e são por isso notórios para quem os quiser reconhecer...
É este espírito minucioso e cuidado de Luís Cavaleiro,que lhe revela a sensibilidade e o respeito por aquilo que vale a pena,e do qual faz mesmo questão de realçar.
A Casa do Paço,a Igreja Matriz a luzir à noite nas costas da zona ribeirinha da nossa "aldeia",ou "as velas espigadas" dos veleiros e barcos de aventuras que seduzem "as gentes do mar",são entre outros,"os riscos" de uma foto diferente,e capaz de definir com um brilhante relevo os contornos negros das margens, numa colagem criativa,mas capaz de não ter fuga possível no quadrante com que a imagem foi "apanhada"...
Num "manto azul" se aconchega a escolha de Luís Cavaleiro,acantonada no sonho,dorme calma e tranquila a nossa Figueira da Foz.
Terminei mais uma vez feliz,esta simples análise feita por aquilo que nem sei de onde vem,reproduzo sentimentos meus,por "uma tela que não foi pintada" por mim.
Sejam tolerantes à minha "ignorância" na matéria, e quiçá,com mesmo alguma patetice à mistura,não deixo de ser eu a ter a certeza,de que a escrever sobre os 20 Olhares e 20 autores expostos no Mercado da Figueira,eu (ali)sou verdadeiramente feliz...
Brilhou,Luís Cavaleiro.

Custódio Cruz