Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira dez,até podiam só faltar metade...



"Caçador de momentos dançando consigo mesmo"
"A Figueira também dança" - Luís Pessoa

É verdade Luís Pessoa,"A Figueira também dança",pois as "raízes" das emoções estão espalhadas um pouco por todo o lado,e porque a entrega de quem  não quer deixar perder "os instantes" que aparecem e desaparecem como a vida avança e nunca mais recua,absorvido não deixa de ser pelo instinto que intervala o bater do coração,cai numa liberdade que não contem constrangimentos,e precipita-se numa "dança de posições" que lhe alimentam o mais genuíno desejo que possa resultar num ângulo dos que nascem e morrem num só momento,e que por isso mesmo,nunca mais se repetem...
Luís Pessoa,transporta-nos para o método em fotografia,na forma como faz "erguer" um caminho com princípio,meio e fim,e ainda que também se saiba que os passos das "emoções mais expressivas" é ali que estão,o "palco" revela-se mais amplo e num trajecto de um maior alcance,e não está confinado ao espaço onde as conjugações de cores,estilos,e posturas de uma só dança,possam limitar um espelhar da alma pela magistosa Esplanada Silva Guimarães,deparar com um Castelo Engenheiro Silva hoje mais orgulhoso de si mesmo,projectar-se nos espelhos da imponente "Torre Atlântica",e "voar" num céu de nuvens passageiras que nos podem "dar boleia" para contemplar e "retornar" ao caminho percorrido.
Atrevimento tenho eu,porque observo,porque sinto,porque por pouco ou quase nada que conheça deste "caçador de momentos",ainda assim se percebe a existência de "uma ponte" que se solta de dentro de si, identificando-o de forma clara nas emoções culturais que misturam histórias do tempo,e mesmo o regozija por se desfrutarem numa só...
Luís Pessoa,deixa-se cativar pelos pormenores que marcam épocas,envolve-se na captação de tudo aquilo que se distingue na diferença da personalização,e ainda no meio de requintes idealizados pela história,puxa para a imagem exemplos como aquele dos suspensórios que elevam as calças por movimentos e gestos intensos de passos bem medidos,numa clara expressão dos verdadeiros sentimentos humanos.
Sem dúvida,esta foto desperta arrepios a sensibilidades próprias,pelas cores múltiplas que fazem pular retinas atentas a tudo aquilo que ali se vê,desde as sapatilhas coloridas,aos bonés clássicos,da calça branca,aos vestidos de recorte audaz,ou mesmo da junção atrevida de conceitos separados pelo tempo,e que aqui se insinuam tão próximos na subtil vontade de nunca se desligarem uns dos outros.
20 Olhares,20 autores,e uma escolha "cintilante" de Luís Pessoa.


Custódio Cruz