Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 13 de outubro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira dezoito,até só podiam faltar duas...


Destinos...
Mar e Amar - Sérgio Vieira

Os silêncios são a maior paixão de quem os precisa,como quando a alma se impulsiona para um vazio e caminha em passos imprevisíveis,numa liberdade escolhida pela vontade de estar só,sem nunca se saber o que se deseja para preencher o que lhe falta.
Sérgio Vieira,deixou cair a noite,e soltou-se como decerto em outras ocasiões  no rasto de uma sedução extasiante com sabor e cheiro a mar,olhando para aquela "janela"na sublime convicção do que a vida nos pode dar se lho soubermos encontrar.
Por instantes,saiu de um mundo e entrou em outro,esqueceu a maré cheia e encantou-se pela vazia,lançou as primeiras "investidas" mas tão perplexo e arrepiado como das ultimas vezes,ou no fundo como em todas aquelas em que despido do manto azul  debruado a branco Buarcos mais se revela e alonga até a Cabo Mondego.
Sérgio Vieira,ergueu o sonho e avaliou as cores,correu atrás dos brilhos presentes e reflectidos,"suspendeu a terra" em forças contrárias a um afundamento dos raios de luz,seguiu paulatinamente os alongamentos de um iludido corpo,que mais não é  do que aquilo a que à Vila pertence,e que por entre "um vai e vem" se salienta em contornos consubstanciados em penedos negros,onde habitat(s) de um verde carregado e escorregadio se descrevem como o sustentáculo do ser,ou melhor,da conjugação encantada que nos impele a um respirar fundo,enquanto um sinal inequívoco de que para além da paixão pelo mar,se possa também amar os cantos que mais procuramos...
Entretanto,sabe ele e todos nós,que aquela "tristeza" adormecida na Serra da Boa Viagem,mais não é do que os tais "silêncios de esperança",para que logo,logo,tudo se restabeleça,ainda que entre a saudade de hoje,nunca se possa dispensar o amanhã.
Já se o céu se apresenta como o limite,será por isso que por ali também a beleza se compõe,pois expectantes se esfumam a pouco e pouco aquelas nuvens passageiras,que de braço dado com um horizonte frio mas prateado,mais aconchegam "um cenário" que viverá para sempre na "tela" do Sérgio Vieira,e só morrerá quando o destino nos roubar o senso das emoções...
Mar e Amar,para ver e rever no Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz.

Custódio Cruz