Dias de Tempestade - Susana Monteiro
Sempre e em tudo na vida fui movido pelo entusiasmo de com o início de uma qualquer aventura,nos passos percorridos lhe encontrar o máximo numero de emoções no ensejo de lhe "desenhar o melhor" epílogo,desta vez, tive muita sorte,encontrei a Susana Monteiro num trilho tão sedutor quanto electrizante,onde a subtileza do sonho confere os requisitos desejados para um verdadeiro final feliz...
Mesmo em "Dias de Tempestade",se segue em frente na procura daquilo que nos pode compensar no acerto da alma,dizem que o sol nos solta para a vida,dizem,mas quantas vezes um trovão relampejado nos "acorda" para uma realidade que é nossa,e que vivida só no "quente" dos raios de luz,até nos pode iludir caminhos confusos e despersonalizados no ser.
Susana Monteiro,captou um pequeno caminho capaz de ajudar a valorizar a verdade existencial de qualquer um,onde por um caminho de madeira,se pode sentir o som do "bater dos pés",como contraponto sonoro para uma reflexão cuidada do que somos,do que queremos,e porque afinal se por cá andamos,é porque por cá estamos destinados ao nosso lugar.
Entre cordas criadas nos tempos,se entrelaça um destino electrizante com dois momentos "focados" para uma possível mensagem,pois se com um acto estrondoso e assustador se uniformiza uma só emoção,no silêncio ensurdecedor que lhe precede,talvez ao "alívio" se devesse dar lugar a um novo recomeço reflectivo,e quem sabe,a intelectualidade se questionasse na procura da razão pelo qual de nada vale a luz dos alinhados candeeiros humanos,àquele raio espalhado pela mente de cada um.
Como em todas as fotos com que me "misturei" neste magnífico evento dos 20 Olhares,20 Autores,na procura de nos revelar a felicidade que sempre se pode recolher na busca daquilo que a vida nos tem para oferecer,nunca se poderiam soltar as emoções descritas,se como com Susana Monteiro,não deparássemos com um instinto emocional e artístico que nos consegue cativar por aquilo que a fotografia vale no seu todo,e tem no poder comunicativo a capacidade de nos fazer viver a vida na verdadeira acepção da palavra.
Quem não se arrepia e tenta equilibrar naquela madeira molhada e disposta ao longo da passadeira,onde são bem visíveis os "traços de água" e as irregularidades no assentamento?
Quem não se deixa invadir na alma,pelas opções das cores fortes e sem as ilusões desmedidas,marcando isso sim,um contraste tão apetecível e identificador de uma realidade conferida pela luz dos olhos?
Quem não se "encolhe" perante um "peso" nubloso tão escurecido e em tons de um azul tão ameaçador?
Quem não se perde naquela tonalidade arenosa,e só se encontra na solidão de uma "pequena árvore" que por ali nasceu e ficou ?
Quem é a Autora desta "Tela Fotográfica" que me inspirou como outras no recato do meu "castelo" e onde posso e pude soltar emoções e percepções sobre fotografias,e por acasi até numa matéria onde não percebo patavina?
Chama-se Susana Monteiro,à qual lhe dou os parabéns pela foto que retratou em um dado momento, e que mesmo em "Dia de Tempestade" mais reforçou o encanto e beleza de uma terra que de certo está no coração de muitos...
Sem hipocrisias,
que é o "atributo" com o qual menos sei lidar,
e que até muitos engulhos me tem proporcionado na vida,
transmito a todos os que foram a alma desta iniciativa,
os meus mais sinceros parabéns,
por colocarem tanta gente "a subir e a descer escadas",
numa "sala que é de visitas",
mas que nos últimos tempos e com o este evento artístico sentiu o quanto todos os que gostam da Figueira podem continuar a alimentar a história daquele espaço tradicional e centenário.
Quanto a mim,
até qualquer dia,
e que sejam todos muito felizes como eu fui a escrever as minhas emoções sobre cada registo exposto...
Custódio Cruz