Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira onze,até podiam só faltar nove...



Se à Figueira não lhe falta naquilo em que um todo pode distribuir em partes,são pequenos grandes cantos como este,onde o ser humano e a natureza se revelam como um dos mais fieis retratos de um  encantamento que mistura a paz espiritual,a riqueza cultural e a singularidade de uma paisagem onde "as filhas do mar" se insinuam aos nossos olhos como "recanto" para a nossa mente.
Quem busca outros sentimentos para além dos que já tem,de outras emoções para além das que já guarda,pode saltar como Nestor Santos o fez,para um imaginário dos tempos que tanto têm ainda para nos dizer,e até revelar enquanto "algo" que se vai perdendo por quilo que se pensa que se ganha em  empolgamentos alicerçados no lucro fácil,e menos na qualidade das "coisas"...
Os "caçadores de momentos",sempre podem fazer tanto como codificar mensagens,expressar sentimentos,revelar personalidades,expor escolhas,mas nunca resistem à procura encantada da originalidade,encarada na forma mais capaz de "tocar" sem aquilo que perfaz a soma de disparos banais,e assim conseguirem expor-se ao que sejam eles próprios a conseguir...
Nestor Santos,centrou a sua objectiva para um enfiamento de uma contextualidade mais aproximada do ser, e de um meio com um enquadramento específico,onde apesar de uma foto nunca conseguir falar,sempre se insinua em tudo aquilo o que a nossa interpretação possa recolher,ora de forma evidente,ora auxiliada no espírito criativo,e registos desta natureza são o que nesta imagem não faltam.
Acompanhar aqueles "pés descalços" por caminhos agrestes e salpicados de sal,num equilíbrio que só o corpo lhes dá e a rodilha ampara,são uma verdadeira aventura de deduções concretizadas pela nossa própria sensibilidade,que pode ou não ir ao encontro de quem melhor viveu o dado momento,mas não renega evidências para as quais aquele "rasgar de trilhos e pequenos horizontes",eram e são feitos de uma vida difícil,mesmo que por entre as distâncias calcadas,a"directriz dos silêncios",tivessem ajustado reflexões que ajudavam a esquecer os "espinhos",e a não falhar na missão para o qual aquele destino os tinha reservado.
Ao longo daqueles armazéns de sal,se deparam com valas "alagadas" em  transparências de um habitat de vegetações e organismos esverdeados,e foi ali,que Nestor Santos colocou o ponto final no seu registo fotográfico,aproveitando as cores espelhadas pelo sol,fez reflectir uma "guerreira da vida" que em passo acelerado galgava para um final de mais um trajecto somado a outros que ainda haveria de percorrer...
No acréscimo de uma escolha de cores vivas e marcantes,se revela mais "um segredo" deste distinto canto à beira mar plantado...
Custódio Cruz