Todos precisamos de um canto,
do nosso canto...
Ali se limitam as atenções,
se controlam os instintos mais apetecidos...
Se elaboram os caminhos mais apropriados,
e nos afastamos dos extremos precipitados...
Vocês sabem quem eu sou,
eu sei quem vocês são,
a prepotência denuncia,
e os trunfos ficam do lado de cá...
O desespero expõe,
e o olhar selecciona a hipocrisia,
a máscara dá de si,
e aquilo que era um castelo edificado vai-se desmoronando pedra a pedra....
Quanto mais se reage,
mais se repetem as formas e os conteúdos...
Esses mesmos,
aqueles que tantas vezes vos fizeram sorrir...
Quem vai vencer?
Não sei,
se o soubesse já talvez tivesse mudado,
isso mesmo,
para continuar a sonhar com que esse desidrato não se consumasse...
Custódio Cruz