Saudade - Paulo Barbosa de Madureira
Chegar ao "pico" da formação académica,trás um "arcaboiço" sustentado para a vida,mas mais do que isso,viver todas as emoções desse trajecto deverá marcar para sempre quem por lá passou,conseguindo até com "outros" que não as terão vivido,o entendimento capaz na aproximação a um verdadeiro arrepio naquilo que mais tarde os verdadeiros protagonistas só em sonhos de certo o voltaram a repetir.
Paulo Madureira,por esta ou outra razão muito especial, terá escolhido este seu registo de circunstâncias vividas,onde nos trás o desenho dos sorrisos codificados por sinais da alma,em que cada letra da palavra SAUDADE,e para quem as reconheça,nos transporta para aqueles "pequenos momentos"que não pareciam "nada",e se revelaram tanto com o passar do tempo.
Figueira e Coimbra,desde sempre tiveram e têm afinidades emocionais que as ligam no encanto com que se completam,e por mais rivalidades que se levantem,e até também por ambas cantarem o Mondego,sempre souberam e deverão saber ceder os espaços do espírito que as envolve,e num todo possam ser uma página de cada um dos seus livros.
O Coliseu Figueirense,tem a intocável história que nos orgulha,e as tradições da Academia da Universidade de Coimbra,trazem-nos a invocação de valores que por estarem de partida para a vida,abraçam uma cidade de sonho como presságio para um começo bem apadrinhado e feliz.
Paulo Madureira,terá com quase toda a certeza sido impulsionado "naquele primeiro momento" por uma emoção que surgiu solta do meio daquele reboliço estonteante, centrando por impulso e seleccionando por talento,o vértice de um triângulo para uma captação onde um jovem surge bem longe do perigo de alguma "cornada mal parada",mas que continha a soma das emoções reconhecidas depois nos restantes "corajosos",alcançando mesmo e apesar das corridas desconcertantes "dos bravos",a presença perspicaz das sombras com que cada um se há-de ver ao longo da vida...
Encheu a fotografia com as "galerias da nobreza",e aludiu na objectiva "à bancada da raia miúda",contra o sol desafiou o contraste dos "suores antagónicos",e expressou aquilo que só a preto e branco tinha sentido.
Muito bem,Paulo Madureira,aqui lhe deixo este meu humilde texto de emoções traduzidas por uma foto de eleição.
Custódio Cruz