Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sábado, 12 de outubro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira dezassete,até só podiam faltar 3...

Longa Brisa - Rui Santos

É no cruzamento de caminhos que o ser humano se depara com a multiplicidade do Mundo,alcançando os vértices distintos com que a vida alicerça as suas ilusões,e se une numa fusão de complementos onde o Homem e a Natureza fazem por colorir os seus destinos em uma dádiva que é mútua,e que por isso mesmo não pode viver uma sem a outra.
Quando uma das partes se desleixa,a outra tenta repor a criação de "brilhos" com que possa iludir a continuidade,revelando-se por vezes até soluções de um essência tão pura,quanto bela, na elaboração de uma mente sã e tocada pela simplicidade das coisas...
Rui Santos,trás-nos aquilo que por desprezado ter sido,se revitalizou por si próprio,impelido pela sedução de uma "Longa Brisa" foi galgando volumosos montes de areia solta,num esforço motivante de "colar" a sua objectiva àquelas espigas vadias que por ali estão aconchegadas num sol quente e dourado...
Cativou-se pela tentativa personalizada de "sacar" aquela dança uníssona que agora não se ouve,mas se percebe e sente nos movimentos sintonizados entre "sopros" moderados e calmos que nos fazem erguer a alma  e redobrar o olhar à nossa volta.
Largou por momentos o "beijo do horizonte com o mar",mas não depreciou "o mergulho meigo" da Serra da Boa Viagem num Oceano do qual nunca por nunca esta se pode dissociar.
Encadeado por um sol limpo e transparente se deixou embalar em nuvens brancas que navegavam em direcção ao horizonte profundo,numa tarde calma e num dia de sonho,Rui Santos focou inesperadamente as lembranças de um registo agora exposto no Mercado da Figueira,e ao dispor de quem as quiser e souber desfrutar.
Custódio Cruz